Grupo de estudos debate a respeito do poder dos estereótipos na mídia
O Grupo de Pesquisas de Teorias do Jornalismo apresentou assuntos referentes a cadernos culturais, meio ambiente, Beatles e Rolling Stones na última sessão deste domingo, tendo em vista as características do jornalismo literário.
A apresentação mais esperada foi realizada pela doutoranda Bruna de Amaral Paulin (PUCRS – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul) que dissertou sobre o tema “A construção das imagens das bandas The Beatles e The Rolling Stones através dos jornais The Times e The Guardian”. Ela analisou os estereótipos criados pela mídia e pelo próprio grupo, que foram notícias durante o auge do aparecimento das bandas.
A influência da mídia e a literalidade dos textos a respeito dos meninos de Liverpool e dos rebeldes de Londres criaram a ideia de que quem gosta dos Beatles não poderia gostar dos Stones. Seu artigo coloca em questão não só a criação de imagens, mas também a questão jornalística enquanto produção musical.
Segundo a palestrante, nenhum dos jornais conseguiu cobrir matérias sobre as bandas britânicas de uma maneira geral, sem se utilizar de algum molde midiático. “Os Beatles querem segurar tua mão, mas os Stones querem botar fogo na sua cidade”, célebre frase de Tom Wolfe citada por Bruna durante a apresentação.
Outro tema bastante comentado levou o coordenador do GP, Felipe Pena, a fazer algumas observações a respeito do trabalho apresentado por Geso Batista de Souza Junior, orientando do Prof. Mauro de Souza Ventura da UNESP (Universidade Estadual Paulista). O assunto tratava do suplemento literário Prosa & Versa do jornal O Globo. “Se o texto é compreendido é considerado sem valor!” afirma Pena, referindo-se às escolhas literárias do caderno Prosa & Versa.
Após alguns debates a sessão encerrou-se, pondo fim às palestras do Grupo de Pesquisas de Teorias do Jornalismo, no Intercom 2010.
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