Por Jaderson Souza e Juliana Santos, repórteres Jornal Júnior
O longa-metragem “À meia-noite levarei sua alma” (1964), de José Mojica Marins, mais conhecido como o personagem “Zé do Caixão”, foi o destaque desta quarta-feira (29), terceiro dia da SEDA. A mostra “O cinema do possível”, na qual foi exibido o filme, também contou com a exposição de curtas-metragens.
A história do filme gira em torno do agente funerário “Zé”, que pratica uma série de assassinatos. O personagem é caracterizado como descrente de tudo, obssessivo e temido por todos.
O cineasta é conceituado no meio como pioneiro no cinema nacional e internacional, no gênero terror. Nas suas produções, Mojica conseguia obter efeitos visuais com pouquissímos recursos tecnológicos. Além disso, também se notabilizou por trazer ao cinema temas considerados tabus para a época, como o ateísmo, a morte e o sexo.
Lucas, integrante do Enxame Coletivo, que estava assistindo pela primeira vez a um filme de Mojica, o considerou bem montado para época: “Eu fiquei surpreso. As cenas, o desespero e o terror que ele passa é bem legal.”
Vinicius, organizador da Mostra, e assumidamente fã de “Zé do Caixão” destacou a importância do cineasta, e explicou a escolha o filme: “Este foi o primeiro longa de Mojica que foi para o cinema (...) Ele é um nome do cinema nacional que devia receber um pouco mais de crédito, falta o pessoal conhecer mais o trabalho dele que é genial. Os filmes dele não deixam nada a desejar aos filmes estrangeiros de terror da época, como “Drácula”, “A noiva de Frankenstein”, e os filmes de Ed Wood”.
e-colab
O terror de “Zé do Caixão”
por
Jornal Júnior
30 de setembro de 2010
Marcadores:
"À meia noite levarei a sua alma",
Cineclube,
SEDA,
Zé do Caixão
Comentários: (0)
Herói intergaláctico no mundo real
por
Jornal Júnior
Marcadores:
Cineclube,
Meteorango Kid,
SEDA
Comentários: (0)
Por Lydia Rodrigues, repórter Jornal Júnior
Nesta terça, dia 28, o projeto audiovisual SEDA expôs o mundo perturbante de um jovem durante a ditadura militar, com o longa Meteorango Kid- Um Herói Intergaláctico. O filme data de 1969, período de intensa repressão no Brasil.
O início do longa metragem apresenta o protagonista Lula vestido de Jesus Cristo , encenando um martírio numa cruz de gesso. Em seguida, é exibida uma mensagem do diretor, André Luiz de Oliveira, que reflete a postura desiludida do personagem: “Aliás... este filme é dedicado ao meu cabelo”. Ao dizer tal coisa, o diretor parece querer reforçar a atmosfera de descrença na sociedade, banalizando a própria produção. Desse modo, André Luiz, transmite a sensação de que não há público capaz de compreender o filme.
Pode-se até fazer uma associação entre esta fala e o áudio de Caetano Veloso no fundo de determinada cena. Nele, o tropicalista brada contra a multidão de jovens no período ditatorial: “Vocês não estão entendendo nada!" A incompreensão é um dos temas retratado em Meteorango Kid, prevalecendo um clima de ironia e delírio característico do filme.
O trabalho que integra o acervo Cineclube Aldire Pereira Guedes possui trilha sonora diferenciada. Composta por músicas de Caetano Veloso mescladas com ruídos indecifráveis e transmissões radiofônicas, expressa o conflito que existe tanto no mundo externo, como no interior do personagem. Por meio de sons inusitados e imagens em preto e branco, viajamos durante 82 minutos entre as galáxias dos sentimentos e aflições humanos.
Maíra Ferraz, estudante de Radio-TV que estava presente durante a mostra, diz ter gostado do filme e não ter visto outros parecidos sobre o contexto da ditadura militar, considerando-o diferente dos padrões tradicionais.
e-Colab
Nesta terça, dia 28, o projeto audiovisual SEDA expôs o mundo perturbante de um jovem durante a ditadura militar, com o longa Meteorango Kid- Um Herói Intergaláctico. O filme data de 1969, período de intensa repressão no Brasil.
O início do longa metragem apresenta o protagonista Lula vestido de Jesus Cristo , encenando um martírio numa cruz de gesso. Em seguida, é exibida uma mensagem do diretor, André Luiz de Oliveira, que reflete a postura desiludida do personagem: “Aliás... este filme é dedicado ao meu cabelo”. Ao dizer tal coisa, o diretor parece querer reforçar a atmosfera de descrença na sociedade, banalizando a própria produção. Desse modo, André Luiz, transmite a sensação de que não há público capaz de compreender o filme.
Pode-se até fazer uma associação entre esta fala e o áudio de Caetano Veloso no fundo de determinada cena. Nele, o tropicalista brada contra a multidão de jovens no período ditatorial: “Vocês não estão entendendo nada!" A incompreensão é um dos temas retratado em Meteorango Kid, prevalecendo um clima de ironia e delírio característico do filme.
O trabalho que integra o acervo Cineclube Aldire Pereira Guedes possui trilha sonora diferenciada. Composta por músicas de Caetano Veloso mescladas com ruídos indecifráveis e transmissões radiofônicas, expressa o conflito que existe tanto no mundo externo, como no interior do personagem. Por meio de sons inusitados e imagens em preto e branco, viajamos durante 82 minutos entre as galáxias dos sentimentos e aflições humanos.
Maíra Ferraz, estudante de Radio-TV que estava presente durante a mostra, diz ter gostado do filme e não ter visto outros parecidos sobre o contexto da ditadura militar, considerando-o diferente dos padrões tradicionais.
e-Colab
O Brasil como exemplo em "RIP: A remix manifesto"
por
Jornal Júnior
28 de setembro de 2010
Marcadores:
Festival SEDA,
internet,
mashup,
mixagem
Comentários: (0)
Por Lígia Ferreira, repóter Jornal Júnior
“Hoje faremos um remix, um jeito divertido e ousado de fazer algo novo a partir de algo velho”, é assim que o documentário, “Rip! A Remix Manifesto” inicia o seu discurso. Como brasileira, a parte que considerei de maior destaque é a que mostra o Brasil como sendo o pioneiro na luta pelo compartilhamento de ideias. “Remixar a arte, a ciência e o conhecimento da cultura mundial é uma característica dos brasileiros, que virou política governamental”.
Gilberto Gil, cantor e compositor da música popular brasileira e ex-ministro da cultura, é um dos exemplos citados. Ele dedicou a sua vida a criar uma sociedade baseada no compartilhamento. “O compartilhamento é a própria natureza da criação. Não há criação isolada, ninguém é um criador sozinho, ninguém criada nada do vácuo, tudo vem de alguma coisa que já foi criada antes”.
O funk carioca, também ganhou destaque. É visto como uma nova forma de arte sendo criada na base da linguagem universal da remixagem. “O que é a novidade? É exatamente você misturar as coisas que já foram feitas. Isso é o futuro da música e da raça humana”, disse o DJ Marlboro, um dos dj’s de remixagem mais reconhecidos e valorizados no Brasil.
E não é só na música que o país é tido como exemplo, mas também na medicina. O Brasil é visto como o pais que desafiou as leis americanas de propriedade intelectual aos desrespeitar patentes internacionais de remédios, para produzir cópias deles por preços menores; os tão populares genéricos. “A missão era garantir acesso livre e universal a todos os cidadãos. A indústria farmacêutica viu isso como um ato de guerra; o Brasil via como um ato de vida”.
O Brasil, mesmo sendo um país que ainda luta para superar o legado de violência, corrupção e desigualdade, é considerado um país que possui acesso universal ao conhecimento e à liberdade de criação. “Pra quem faz mixagem, o Brasil nos levará à era digital”.
O documentário ainda finaliza dizendo “O que a humanidade alcançaria se todos agissem como o Brasil? Que doenças poderiam ser curadas? Que vozes poderiam ser ouvidas? Que canções poderiam ser cantadas?”
É gratificante ver o seu país sendo exemplo de algo que traz o bem estar das pessoas, e é mais gratificante ainda ver que alguém reconhece esse pioneirismo. O Brasil está à frente de muitos países que se dizem lutar pela liberdade, mesmo em um mundo onde para criar é preciso implorar pela permissão dos poderosos que detém as ideias.
“Hoje faremos um remix, um jeito divertido e ousado de fazer algo novo a partir de algo velho”, é assim que o documentário, “Rip! A Remix Manifesto” inicia o seu discurso. Como brasileira, a parte que considerei de maior destaque é a que mostra o Brasil como sendo o pioneiro na luta pelo compartilhamento de ideias. “Remixar a arte, a ciência e o conhecimento da cultura mundial é uma característica dos brasileiros, que virou política governamental”.
Gilberto Gil, cantor e compositor da música popular brasileira e ex-ministro da cultura, é um dos exemplos citados. Ele dedicou a sua vida a criar uma sociedade baseada no compartilhamento. “O compartilhamento é a própria natureza da criação. Não há criação isolada, ninguém é um criador sozinho, ninguém criada nada do vácuo, tudo vem de alguma coisa que já foi criada antes”.
O funk carioca, também ganhou destaque. É visto como uma nova forma de arte sendo criada na base da linguagem universal da remixagem. “O que é a novidade? É exatamente você misturar as coisas que já foram feitas. Isso é o futuro da música e da raça humana”, disse o DJ Marlboro, um dos dj’s de remixagem mais reconhecidos e valorizados no Brasil.
E não é só na música que o país é tido como exemplo, mas também na medicina. O Brasil é visto como o pais que desafiou as leis americanas de propriedade intelectual aos desrespeitar patentes internacionais de remédios, para produzir cópias deles por preços menores; os tão populares genéricos. “A missão era garantir acesso livre e universal a todos os cidadãos. A indústria farmacêutica viu isso como um ato de guerra; o Brasil via como um ato de vida”.
O Brasil, mesmo sendo um país que ainda luta para superar o legado de violência, corrupção e desigualdade, é considerado um país que possui acesso universal ao conhecimento e à liberdade de criação. “Pra quem faz mixagem, o Brasil nos levará à era digital”.
O documentário ainda finaliza dizendo “O que a humanidade alcançaria se todos agissem como o Brasil? Que doenças poderiam ser curadas? Que vozes poderiam ser ouvidas? Que canções poderiam ser cantadas?”
É gratificante ver o seu país sendo exemplo de algo que traz o bem estar das pessoas, e é mais gratificante ainda ver que alguém reconhece esse pioneirismo. O Brasil está à frente de muitos países que se dizem lutar pela liberdade, mesmo em um mundo onde para criar é preciso implorar pela permissão dos poderosos que detém as ideias.
Nada se cria, tudo se transforma
Por Regiane Folter, repórter Jornal Júnior
A SEDA trouxe sua primeira mostra ontem, dia 27, com o documentário RIP! A Remix Manifesto, dirigido pelo cyberativista Brett Gaylor. O filme trata da polêmica dos direitos autorais em relação ao compartilhamento de arquivos pela internet e à remixagem de materiais pré-existentes.
Durante os 86 minutos de exibição, o filme exemplifica o dilema com fatos do dia-a-dia (afinal, quem nunca baixou uma música pela internet?) e com depoimentos de pessoas ligadas ao assunto, como o produtor Gregg Willis, conhecido como "Girl Talk" por suas remixagens musicais, e o cantor e na época Ministro da Cultura do Brasil, Gilberto Gil, entre outros.
Seria a reprodução de músicas de outros artistas um crime? A colagem de músicas e imagens, para criar algo totalmente novo, poderia ser considerada ilegal? Gaylor explora essas perguntas, argumentando que os direitos autorais perderam há muito o caráter de incentivo à criação, e agora servem como mecanismo de geração de lucro às grandes gravadoras.
Segundo ele, a internet seria o "campo de batalha" entre os detentores dos direitos autorais e as pessoas que, através da rede, adquirem materiais considerados ilegais (músicas, filmes, etc) e os transformam. Gaylor acredita que a ligação proporcionada pela internet permite que todos sejam criadores e tenham o direito de criar, recriar, mixar e compartilhar a cultura que, afinal, pertence a toda a sociedade.
A influência do passado em qualquer criação do presente é sempre reafirmada durante o documentário. Nada é totalmente novo, tudo tem influências diretas ou indiretas de criações passadas. Wall Disney teria sido um grande "remixador", pois suas produções foram criadas a partir de peças já existentes e que foram remodeladas e atualizadas. "Não há criação isolada.", afirmou Gilberto Gil, durante seu depoimento a Gaylor.
Jornal Jr na SEDA (Semana do Audiovisual)
por
Jornal Júnior
27 de setembro de 2010
Marcadores:
audiovisual,
cobertura colaborativa,
Enxame Coletivo,
Festival SEDA
Comentários: (0)
Por toda esta semana, começando hoje (segunda-feira), a Agência Júnior de Jornalismo estará na cobertura da SEDA, Semana do Audiovisual, que acontece dos dias 27 de setembro a 2 de outubro. O evento traz mostras, oficinas, mesa-debates e shows musicais que acontecem em seis cidades brasileiras. São elas: Santa Maria (RS), São Carlos (SP), Macapá (AP), Recife (PE), Uberlândia (MG) e Bauru (SP).
Nossa reportagem colabora em parceria com a produção do evento que também possui sua cobertura própria. O coletivo cultural Enxame Coletivo, organiza a SEDA em Bauru e faz a divulgação do conteúdo produzido.
O material produzido será visto aqui, no blog da Jornal Jr, no blog do Enxame Coletivo e no novo portal de cobertura colaborativa do grupo cultural, o E-colab.
Então fique ligado, pois nessa semana a Jornal Jr vai falar tudo de produção audiovisual e de cobertura colaborativa.
Confira também programação da semana e a cobertura da galera do Enxame!
GP aborda campanha eleitoral de Dilma
por
Jornal Júnior
10 de setembro de 2010
Comentários: (0)
Prof. Sérgio Trein: "Lula criou Dilma à sua imagem e semelhança."
Por Luana Rodriguez Alves
Foto: Getty Images
O grupo de estudos “Propaganda política, democracia, mídia e voto” apresentou neste sábado, 4 de setembro, artigos relacionados à política brasileira. Com uma linguagem acessível e coordenado pela Prof. Dulce Adorno Silva, as palestras mostraram a importância da imagem do candidato frente à população e a preocupação com a juventude despolitizada.
Sérgio Roberto Trein, professor e congressista do GP, começou a exposição do tema falando da necessidade da sustentação e da criação de uma imagem positiva de um político. Para explicitar sua tese o expositor citou como exemplo o atual presidente, dizendo que foi preciso que Lula entendesse que a política é um processo de comunicação, para que pudesse ser eleito.
“Lula deixou o discurso agressivo e autoritário e investiu na construção de uma imagem pessoal. O mesmo acontece hoje com a candidata Dilma Rousseff, que deixou a imagem de mulher bastante autoritária para assumir a caricatura de uma mulher mais feminina, suave e interativa com o povo”, explicou o palestrante ao se referir à mudança de comportamento de Dilma frente às câmeras. “Lula criou a Dilma à sua imagem e semelhança”, acrescentou.
Para Sérgio Roberto, a maioria da população tem a imagem do candidato como única referência, e até a doença da ministra serve como um aspecto positivo na questão eleitoral, pois transforma a candidata em uma pessoa mais humana.
Outro tema lembrado pelos palestrantes foi a aparente despolitização dos jovens. Segundo dados divulgados pelo governo, o número de jovens entre 16 e 18 que votaram na última eleição diminuiu.
Roberto Gonado Macedo, palestrante do GP, discorreu sobre o assunto. “As gerações mais novas não foram para as ruas reclamar seus direitos. A necessidade e a vontade faz você se importar mais”.
Futebol e Lady Gaga são destaques em GP
por
Jornal Júnior
Comentários: (0)
Congressista: "Lady Gaga é a própria figura do niilismo"
Por Luana Rodriguez Alves
Foto: Getty Images
A sessão 3 do GP de comunicação e culturas urbanas “Sonoridades e Urbanidades”, coordenado pelas profs. Rose de Melo Rocha e Rita de Cássia Alves, apresentou, neste domingo, 5 de setembro, uma série de artigos relacionados à música e suas implicações.
Entre os assuntos e os artigos apresentados, destacou-se a pesquisa do congressista Pedro Silva Marra, que apresentou um estudo sobre a mescla de sons proporcionados por torcedores e narradores em uma partida de futebol. “Na TV, a torcida aparece como um mar indefinido de vozes. É interessante observar em partidas narradas momentos em que o locutor do jogo tem de explicar o que a torcida está gritando”, explicou.
Pedro Marra defendeu ainda que os repertórios sonoros como os gritos e hinos das torcidas fazem parte do cotidiano e da cultura da população. Para ele, além disso, o futebol reconfigura o espaço urbano e o fascínio que a prática esportiva causa tem no som o próprio agente agenciador.
Outro tema destacado no GP tem como objeto central a cantora Lady Gaga. Para o congressista Thiago Soares, a cantora representa uma série de aparatos que evidenciam mudanças na forma de circulação e consumo da cultura midiática. Além disso, a mídia teima em fazer comparações e rotulações. Para explicitar a tese, o estudante traçou comparações entre Robinho e Neymar, Justin Timberlake e Michael Jackson além de Madonna e Lady Gaga.
O estudo apontou ainda a artista como um objeto de questionamento e antidisciplina que contrapõem o senso comum. “A Madonna representa um discurso mais articulado, politizado, diferente da Lady Gaga que é a própria figura do niilismo, da simulação e da performance”, disse Thiago Soares. Ele acrescentou ainda que é essa performance e esse “carão” que a aproxima da cultura gay, e que esse “poser” articulado confunde a lógica do real e do imaginário.
Relação entre violência e mídia é discutida no Intercom
por
Jornal Júnior
9 de setembro de 2010
Marcadores:
intercom 2010,
televisão,
ucs,
violência
Comentários: (0)
Palestrantes dissertam a respeito da violência na TV
Por Janaína Ferraz e Luana Rodriguez
Foto: Janaína Ferraz
O modo como a mídia representa a violência, as periferias e os estereótipos foram os assuntos abordados na Mesa “Televisão e interfaces: violência, educação e jornalismo”, nesta segunda feira, 6 de setembro. Coordenado por Ana Silva Lopes, as discussões mostraram como a mídia influencia nas visões de mundo da sociedade.
Para as pesquisadoras Fran Rodrigues Penha e Núbia da Cunha Simão da Universidade Federal de Goiás, a televisão segue uma linha pautada no sexo, no sensacionalismo e no sangue, e é esse formato que garante a audiência televisiva. No entanto, a ampla repercussão desses assuntos acaba criando estereótipos que influenciam a “visão de mundo” da população. “A linguagem cria mais do que representa a própria imagem”, diz Núbia Simão.
Fran Rodrigues explica ainda que esses estereótipos podem prejudicar a vida do jovem. “O jovem que vive na periferia, por exemplo, passa a ser sinônimo de bandido. Se uma pessoa da periferia é suspeita de algo, a televisão refere-se a ela como culpado, e não acusada ou suspeita”.
Essas formações de estereótipos a respeito da violência é fruto de uma desigualdade social que a TV maximiza, estimulando de forma exagerada o desejo de consumo, além do fato de muitos jornalistas não concordarem que esse tipo de representação constitui uma nova violência, uma violência simbólica. “A mídia acredita que problema da violência está na falta de punição, de cumprimento penal”, diz Núbia.
A palestra foi o encerramento do GP “Televisão e Vídeo ”no Intercom 2010.
A Internet para integrar e promover a cidadania
por
Jornal Júnior
Marcadores:
intercom 2010,
internet,
jovem,
redes sociais,
ucs
Comentários: (0)
Mesa redonda mostra como redes sociais ajudam inserir jovem na sociedade
Por Jessica Mobílio
O último dia do Intercom 2010, 06 de setembro, trouxe a mesa redonda sobre a Comunicação, Juventude e Cidadania. O debate abordou o papel social dos veículos de comunicação. A Internet foi base para as amostras de trabalhos desta tarde. A discussão voltou-se para o tema: “O que é cidadania para o jovem?”.
Olga Sodré é doutora em psicologia clínica, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC - Rio), a palestrante comentou sobre sua pesquisa de desenvolvimento psicológico na juventude.
Esse projeto foi relacionado às mídias digitais, que interferem diretamente no cotidiano dos adolescentes, além de citar a participação dos pais no universo de seus filhos. Olga reafirmou a necessidade de acompanhamento dos familiares nessa etapa de crescimento. “A interação no ciberespaço a favor da cidadania, torna-se uma forma de complemento para o jovem, na sua formação”.
O participante, Fábio Luiz Malini da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), colocou a Internet como ferramenta de cidadania, no campo da comunicação. Ele falou do copyright – direitos autorais, e as reivindicações de liberdade de expressão que trabalham para a inclusão digital de todas as classes sociais. “Lutas entre a imprensa e política ganham espaço, através desses veículos rápidos”, disse Fábio.
Outro fator, considerado pelo professor, tratou-se do conflito da transparência e privacidade no meio digital. “Apesar da lei de direitos autorais, o descontrole de informações é visível”, finalizou o palestrante. Ainda citou as redes sociais e censuras aos blogs como gancho.
O trabalho apresentado pela Universidade Federal de Goiás (UFG) foi realizado a partir de entrevistas com 150 alunos de quatro escolas, com o intuito de descobrir se o estudante do ensino médio é inserido na sociedade, por meio das redes sociais. A pesquisa concluiu: “As pessoas que não estiverem conectadas às redes sociais estão fora do mundo atual”, disse professora da UFG. Apesar dos números de acesso à internet, uma parcela da população ainda é excluída, por diferenças socioeconômicas. “A sociedade de massa ajuda a construir cada vez mais indivíduos distintos, grupos distintos e formas de existência diversas”, comentou coordenadora da mesa.
Confira o último Boletim do Intercom
por
Jornal Júnior
8 de setembro de 2010
Marcadores:
intercom 2010,
jornal jr,
unesp bauru
Comentários: (0)
Chimarrão: bebida que aquece e aproxima as pessoas
por
Jornal Júnior
7 de setembro de 2010
Marcadores:
chimarrão,
intercom 2010,
ucs
Comentários: (0)
Por Regiane Folter e Pablo Marques
Se para os gaúchos 10ºC é um clima ameno, para os bauruenses é sinal de inverno rigoroso, propicio para se tomar o chimarrão, bebida típica do sul do país. A equipe da Jornal Jr não resistiu a tentação, e experimentou a bebida a base de erva mate.
No Intercom, a ONG Escola do Chimarrão esteve presente durante todo o evento e duas tendas foram armadas: uma para contar a história da bebida e outra para degustá-la em um ambiente que simula uma estância gaúcha.
A Escola do Chimarrão, proveniente de Venâncio Aires-RS, circula pelo Brasil inteiro para divulgar o chimarrão e esclarecer mitos. Além disso, levam informações para gaúchos e não-gaúchos sobre os benefícios que o consumo da bebida traz.
O chimarrão consiste em uma bomba e uma cuia na qual é colocada uma porção de erva-mate e água quente. Apesar da simplicidade do preparo, ele esconde os grandes benefícios da bebida à saúde. Segundo Liliane Pappen, presidente do instituto Escola do Chimarrão, a erva-mate possui vitaminas e sais minerais, é digestivo e diurético, estimulante, regenerador celular e contribui para dietas de emagrecimento.
O gaúcho, apesar de possuir uma dieta rica em proteína de carne vermelha, possui uma alta expectativa de vida em grande parte devido ao consumo do chimarrão. “Nós vivemos em média 75 anos, apesar de termos uma dieta condenada por qualquer nutricionista.”, afirmou Liliane.
Para recepcionar os visitantes, os gaúchos oferecem o mate em um sinal de cordialidade. “Se você for à casa de um gaúcho, a primeira coisa que lhe é oferecido é um chimarrão.”, disse Liliane
![]() |
Uma tradição semelhante ao chimarrão é a cultura do cafezinho em São Paulo |
Balanço JJr na cobertura do Intercom 2010
por
Jornal Júnior
Comentários: (1)
Confesso que senti uma pontinha de desespero quando a organização do evento nos deu um livro de quase 400 páginas só de programação do Intercom Nacional 2010. Busquei o olhar dos mais 3 diretores da JJr que estavam do meu lado e pude ler um "nossa" nos olhos de cada um. Claro que sabíamos da dimensão do evento e tínhamos um projeto esquematizado no papel, mas nada como sentir o frio na barriga quando temos que transformar o papel em realidade.
Ao todo, foi uma semana juntos: 5 dias em Caxias do Sul e 2 dias de viagem. Desses 7 dias, foram 4 de muita correria, muita tinta de caneta gasta em vários bloquinhos de papel, muitos clicks de máquinas fotográficas, muitos plays em gravadores e muitos e-mails recebidos e enviados. Tudo isso para tentar realizar a melhor cobertura do mega Intercom 2010.
Viajamos com uma equipe de 15 pessoas: 4 diretores da JJr e mais 11 repórteres. Repórteres esses que, na sua maioria, eram alunos do segundo termo de Jornalismo, mas que não se deixaram intimidar e também prestaram serviços como fotógrafos, blogueiros e até editores de vídeos. Em Bauru, no aguardo das matérias de cada dia de cobertura, estavam mais 2 diagramadores e as outras 3 diretoras da nossa agência, além dos trainees.
E o resulto de todos esses números? O resultado foi a produção de 4 boletins diários, mais de 60 matérias (quase que a totalidade delas está no blog), cerca de 125 tweets que nos ajudaram a dar a notícia em tempo real, além dos inúmeros vídeos, fotos e coberturas ao vivo pelo sistema de live blog. Nossa cobertura também teve direito a transmissão ao vivo do encerramento do Intercom 2010 e da entrega dos prêmios Expocom Nacional pela Twitcam. Vale retratar aqui que fomos a única empresa júnior que cobriu diariamente o evento.
Muito obrigada a todos que ajudaram a JJr a realizar mais esse trabalho. Obrigada a todos que nos prestaram serviços, a todos os entrevistados e a organização do evento, que nos recebeu muito bem na UCS, Universidade de Caxias do Sul. Hoje eu vou dormir mais leve, porque nesses ultimos dias tive a certeza de que somos uma empresa que carrega a confiança e o apoio de muitas pessoas. Pessoas essas que acreditam naquele tipo de jornalismo feito com muitas xícaras de café e com cuidado para que não se esmague as palavras nas entrelinhas. Obrigada e parabéns a todos.
Laís Modelli - Diretora de Projetos da Jornal Jr
Ao todo, foi uma semana juntos: 5 dias em Caxias do Sul e 2 dias de viagem. Desses 7 dias, foram 4 de muita correria, muita tinta de caneta gasta em vários bloquinhos de papel, muitos clicks de máquinas fotográficas, muitos plays em gravadores e muitos e-mails recebidos e enviados. Tudo isso para tentar realizar a melhor cobertura do mega Intercom 2010.

E o resulto de todos esses números? O resultado foi a produção de 4 boletins diários, mais de 60 matérias (quase que a totalidade delas está no blog), cerca de 125 tweets que nos ajudaram a dar a notícia em tempo real, além dos inúmeros vídeos, fotos e coberturas ao vivo pelo sistema de live blog. Nossa cobertura também teve direito a transmissão ao vivo do encerramento do Intercom 2010 e da entrega dos prêmios Expocom Nacional pela Twitcam. Vale retratar aqui que fomos a única empresa júnior que cobriu diariamente o evento.
Muito obrigada a todos que ajudaram a JJr a realizar mais esse trabalho. Obrigada a todos que nos prestaram serviços, a todos os entrevistados e a organização do evento, que nos recebeu muito bem na UCS, Universidade de Caxias do Sul. Hoje eu vou dormir mais leve, porque nesses ultimos dias tive a certeza de que somos uma empresa que carrega a confiança e o apoio de muitas pessoas. Pessoas essas que acreditam naquele tipo de jornalismo feito com muitas xícaras de café e com cuidado para que não se esmague as palavras nas entrelinhas. Obrigada e parabéns a todos.
Laís Modelli - Diretora de Projetos da Jornal Jr
Imprensa gratuita é alternativa para a sobrevivência do impresso
por
Jornal Júnior
Marcadores:
imprensa gratuita,
intercom 2010,
jornal junior
Comentários: (0)
Por Laís Semis
A imprensa gratuita não é novidade. Existente desde 1995, este tipo de veiculação vem ganhando força e gosto entre seus leitores. Jornais generalistas registram quedas significativas de tiragens. No ano passado, no Brasil, os 20 maiores jornais apresentaram uma queda de 6,9% em sua circulação. Ameaçados pela velocidade das informações e praticidade possibilitada pela internet, o jornal impresso tradicional procurou na veiculação gratuita dos exemplares a alternativa para continuar existindo.
O Jornal do Ônibus nasceu dessa necessidade; distribuído no transporte público de Curitiba (PR) e de veiculação gratuita, o jornal circula há cinco anos, de segunda a sexta, tendo uma tiragem diária de 30 mil exemplares e sendo a circulação de passageiros do transporte de 2,4 milhões por dia.
Segundo a Associação Mundial de Jornais, 8% dos jornais do planeta são gratuitos. Este tipo de veiculação vem se tornando um segmento expressivo e atraindo o interesse de grandes empresas. Países europeus concentram hoje cerca de 120 títulos de jornais gratuitos distribuídos nos metrôs de 32 países.
Dos 230 leitores entrevistados, 122 deles informaram ler todas as páginas das edições que recebem e 210 destes entrevistados disseram que outras pessoas além dos próprios lêem os exemplares.
Nenhum dos 210 leitores entrevistados deram nota menor que 5 na avaliação do jornal. Como maior vantagem os leitores indicam que a linguagem simples, a noticia curta (com textos de até mil caracteres), as informações locais e o fato de ser gratuito. A desvantagem indicada foi o tamanho do jornal, considerado pequeno (de 12 a 16 páginas) e falha na distribuição.
Alunos do curso de Relações Públicas da Unesp apresentam trabalhos na Expocom
por
Jornal Júnior
Comentários: (1)
Por Laís Modelli
Durante o Intercom 2010 aconteceu o Expocom Nacional. O evento reune os melhores trabalhos de comunicação do Brasil e dá oportunidade aos graduandos de apresentarem seus trabalhos extracurriculares. No penúltimo dia de Intercom, os alunos de Relações Públicas da Unesp Bauru e membros da RPjr, a Empresa Junior de Relações Públicas.
O primeiro projeto a ser apresentado pelos alunos foi o "Meeting2009 - Um encontro com o futuro", que teve o objetivo de trazer para dentro dos portões da universidade a experiênica do mercado de um Relações Públicas. O trabalho é um projeto anual da RPjr e já entrou para o calendário de eventos da FAAC, a Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Unesp. O projeto nasceu de uma ideia de ex-diretores da Empresa Junior do curso. A aluna e diretora de projetos da RPjr, Nicolle Stathourakis, foi quem fez a apresentação.
O Meeting 2009 estava na categoria Projetos de Eventos com mais 3 projetos: 3º Cine RP1, dos alunos da UFRS; RP em Debate, dos alunos da UFG; Encontro Nacional dos Grupos PET - XIV ENAPET, dos alunos da UFA.
O segundo trabalho apresentado diante da banca do Expocom foi o Projeto de Revitalização: reconstrua ideias. Com a função de revitalizar o o bosque do bairro Geisel, da cidade de Bauru, o trabalho foi apresentado pelo aluno e também diretor da RPjr, Renan França. O projeto é do grupo Ação Gestão de Responsabilidade do curso da Unesp.
O trabalho Projeto de Revitalização estava na mesma categoria que o "Assessoria de Comunicação para a Associação dos Amigos e Protetores dos Animais", projeto dos alunos da Universidade de Cruz Alta.
Publicidade e consumo atuais discutidos no Intercom 2010
por
Jornal Júnior
6 de setembro de 2010
Marcadores:
caxias do sul,
intercom 2010,
jornal jr,
publicidade
Comentários: (0)
por Renata Coelho
A primeira palestrante foi Maria Berenice da Costa, professora da UFRGS, que discutiu a relação entre política e jovens e de que maneira a política se tornou uma forma de consumo. Ela também apresentou dados de sua pesquisa e de estatísticas da UNESCO e afirmou que “os jovens já não se sentem mais responsáveis por transformações sociais”.
Depois foi a vez de Maria Ilia Dias, professora da UFSM. Ela pontuou as mudanças inerentes ao mercado publicitário e ressaltou que “o público não é mais passivo: ele é critico, quer dialogar e não quer ser tratado como um público homogêneo, exigindo um tratamento quase individual”.
Já André Tezza, professor de legislação publicitária da Universidade Positivo, discutiu a problemática existente entre o consumismo e a infância, ressaltando os limites da regulamentação da publicidade com esse público. Ele usou um viés filosófico para explicar seu estudo e negou que o consumismo seja uma ideologia construída pelo capitalismo.
A última a expor seu trabalho foi Bianca Nieckel, jornalista de um impresso de Caxias do Sul que comentou sobre o saudável ceticismo gerado pela contestação dos jovens aos comerciais atuais. A palestra contou com a presença de estudantes de comunicação, pesquisadores e professores da UFMG e da UFRGS.
Uma mesa bem diversificada discutiu o tema “Publicidade e consumo: interfaces com a comunicação e a juventude” na tarde do dia 6 de setembro, data de encerramento do INTERCOM 2010.
Depois foi a vez de Maria Ilia Dias, professora da UFSM. Ela pontuou as mudanças inerentes ao mercado publicitário e ressaltou que “o público não é mais passivo: ele é critico, quer dialogar e não quer ser tratado como um público homogêneo, exigindo um tratamento quase individual”.
Já André Tezza, professor de legislação publicitária da Universidade Positivo, discutiu a problemática existente entre o consumismo e a infância, ressaltando os limites da regulamentação da publicidade com esse público. Ele usou um viés filosófico para explicar seu estudo e negou que o consumismo seja uma ideologia construída pelo capitalismo.
A última a expor seu trabalho foi Bianca Nieckel, jornalista de um impresso de Caxias do Sul que comentou sobre o saudável ceticismo gerado pela contestação dos jovens aos comerciais atuais. A palestra contou com a presença de estudantes de comunicação, pesquisadores e professores da UFMG e da UFRGS.
As inúmeras faces do cinema brasileiro
por
Jornal Júnior
Marcadores:
caxias do sul,
cinema,
intercom 2010,
jornal jr,
jornalismo cultural
Comentários: (0)
por Juliana Santos
No último dia de atividades do XXXIII Intercom, o Grupo de Pesquisas de Cinema discutiu as “Abordagens do Cinema Brasileiro”. Na sessão, foram apresentadas pesquisas sobre o uso da música, o gênero pornochanchada e a abordagem de favelas.
Entrelaçando a história do cinema brasileiro e a música, a Prof. Dr. Márcia Carvalho, da Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação, explorou como a ferramenta foi usada em cada época. Partindo do cinema mudo e a música instrumental, a pesquisa passou pela influência da “era de ouro do rádio”, pela década de 60 e os festivais musicais da TV, até chegar aos anos 90 e 2000, nos quais as canções aparecem diversificadas e com muito mais força.
“O objetivo não é discutir as canções comerciais, mas a força do uso da música para caracterizar um personagem, a contribuição para o enredo e a influência na temporalidade do filme”, afirma Márcia.
O Prof. Luiz Paulo Gomes Neves, da UFF, apresentou o estudo “A pornochanchada: uma revolução sexual à brasileira”. Luiz mostrou o gênero como um movimento de contracultura, buscando fugir dos estereótipos e levando em consideração o contexto da Ditadura Militar. Em sua explicação, ressalta: “a pornochanchada é um gênero difícil de ser definido, mas quando o vemos, o identificamos”.
O último trabalho a ser discutido foi sobre a favela carioca e a busca do realismo no filme “Cidade dos Homens”. A pesquisa desenvolvida por Bruna Werneck, da UFRJ, mostrou como o imaginário cinematográfico reproduz o que é difundido nos jornais. “Quando você fala de minorias, o que se mostra é estigmatizado como verdade”, destaca Bruna.
Discussão sobre cinema analisa música, pornochanchada e favelas
Entrelaçando a história do cinema brasileiro e a música, a Prof. Dr. Márcia Carvalho, da Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação, explorou como a ferramenta foi usada em cada época. Partindo do cinema mudo e a música instrumental, a pesquisa passou pela influência da “era de ouro do rádio”, pela década de 60 e os festivais musicais da TV, até chegar aos anos 90 e 2000, nos quais as canções aparecem diversificadas e com muito mais força.
“O objetivo não é discutir as canções comerciais, mas a força do uso da música para caracterizar um personagem, a contribuição para o enredo e a influência na temporalidade do filme”, afirma Márcia.
O Prof. Luiz Paulo Gomes Neves, da UFF, apresentou o estudo “A pornochanchada: uma revolução sexual à brasileira”. Luiz mostrou o gênero como um movimento de contracultura, buscando fugir dos estereótipos e levando em consideração o contexto da Ditadura Militar. Em sua explicação, ressalta: “a pornochanchada é um gênero difícil de ser definido, mas quando o vemos, o identificamos”.
O último trabalho a ser discutido foi sobre a favela carioca e a busca do realismo no filme “Cidade dos Homens”. A pesquisa desenvolvida por Bruna Werneck, da UFRJ, mostrou como o imaginário cinematográfico reproduz o que é difundido nos jornais. “Quando você fala de minorias, o que se mostra é estigmatizado como verdade”, destaca Bruna.
Entretendo os telespectadores
por
Jornal Júnior
Marcadores:
apresentações,
caxias do sul,
intercom 2010,
jornal jr,
televisão
Comentários: (0)
por Jaderson Souza
Quando vemos uma cena de novela ou filme, temos a certeza de tudo o que aquela representação significa? O grupo de pesquisa de ficção seriada esteve ontem tentando responder a essa pergunta durante a sessão de apresentação de trabalhos do último dia do Intercom 2010. Em pauta, telenovelas, minisséries e sitcoms capazes de captar a atenção do público por meio de elementos estéticos ou pela identificação com o modo de vida das personagens.
Klydes Batista Vicente, pesquisadora da UFBA, falou sobre a minissérie “Os Maias”, baseada na obra homônima de Eça de Queiroz. Ela explicou como a produção da TV Globo, exibida em 2001, utilizou-se de elementos musicais para chamar a atenção do telespectador. O resultado foi uma atmosfera sombria semelhante à obra do escritor português.
A construção de imagens nas telenovelas foi abordada por Plábio Martins Desidério da UnB. Desidério acredita que, apesar do público diversificado, a telenovela distingue de maneira maniqueísta. Ele ressaltou como as pessoas que estão vivendo situações de sofrimento na trama são caracterizadas de maneira diferente.
Já o sitcom americano “Family Guy” (Uma Família da Pesada) foi tema da tese de Fabíola Calazans, também da UnB. Ela defendeu que as paródias, algo marcante do seriado exibido pelo canal pago FX, podem ser observados sob o olhar do materialismo cultural. “Eu acredito que haja um paralelo entre o homem americano e o homem brasileiro”, disse Fabíola.
Todos os trabalhos apresentados ainda não estão finalizados. Os palestrantes receberam análises do coordenador do GP e de professores doutores a fim de aperfeiçoarem suas teses.
Quando vemos uma cena de novela ou filme, temos a certeza de tudo o que aquela representação significa? O grupo de pesquisa de ficção seriada esteve ontem tentando responder a essa pergunta durante a sessão de apresentação de trabalhos do último dia do Intercom 2010. Em pauta, telenovelas, minisséries e sitcoms capazes de captar a atenção do público por meio de elementos estéticos ou pela identificação com o modo de vida das personagens.
Klydes Batista Vicente, pesquisadora da UFBA, falou sobre a minissérie “Os Maias”, baseada na obra homônima de Eça de Queiroz. Ela explicou como a produção da TV Globo, exibida em 2001, utilizou-se de elementos musicais para chamar a atenção do telespectador. O resultado foi uma atmosfera sombria semelhante à obra do escritor português.
A construção de imagens nas telenovelas foi abordada por Plábio Martins Desidério da UnB. Desidério acredita que, apesar do público diversificado, a telenovela distingue de maneira maniqueísta. Ele ressaltou como as pessoas que estão vivendo situações de sofrimento na trama são caracterizadas de maneira diferente.
Já o sitcom americano “Family Guy” (Uma Família da Pesada) foi tema da tese de Fabíola Calazans, também da UnB. Ela defendeu que as paródias, algo marcante do seriado exibido pelo canal pago FX, podem ser observados sob o olhar do materialismo cultural. “Eu acredito que haja um paralelo entre o homem americano e o homem brasileiro”, disse Fabíola.
Todos os trabalhos apresentados ainda não estão finalizados. Os palestrantes receberam análises do coordenador do GP e de professores doutores a fim de aperfeiçoarem suas teses.
UNESP Bauru é vencedora do prêmio Luiz Beltrão 2010
por
Jornal Júnior
Marcadores:
caxias do sul,
intercom 2010,
jornal jr,
premiação
Comentários: (0)
por Beatriz Almeida
Foi com palavras de orgulho e admiração oferecidas a seus colegas acadêmicos que o diretor Roberto Deganutti, da FAAC (UNESP), realizou seu discurso após a entrega formal do prêmio Luiz Beltrão de Ciências da Comunicação, que aconteceu no Personal Royal Hotel, em Caxias do Sul, sede do Intercom 2010.
O prêmio foi criado em 1997 com o intuito de reconhecer a qualidade do trabalho acadêmico realizado nas universidades e centros de pesquisa, além dos grupos ou instituições que contribuem para a área de comunicação. Ele também homenageia o jornalista e professor pernambucano pioneiro em pesquisas científicas sobre os fenômenos comunicacionais da universidade brasileira: Luiz Beltrão.
A Universidade Estadual Paulista recebeu através do Departamento de Comunicação Social o prêmio na categoria Grupo Inovador. Ela é destinada a núcleos de pesquisa que venham se destacando pela capacidade de inovar nos planos teórico, metodológico, tecnológico ou pragmático, construindo idéias, gerando produtos ou modelos comunicacionais e outros vínculos informacionais.
Segundo Rosa Maria Dalla Costa, diretora cultural do Intercom, a importância do prêmio está ligada à renovação do meio acadêmico de comunicação, já que “a cada ano são identificadas novas equipes de pesquisa na área”.
As indicações são feitas no período de março a maio de cada ano e julgadas por personalidades importantes da área de pesquisa e por ex-presidentes do Intercom. Além da UNESP, outros premiados foram a Fundação Joaquim Nabuco, por Instituição Paradigmática; o professor Rogério Cristofoleti, da UFSC, por Liderança Emergente; e a professora Lúcia Santa Ella, da PUC-SP, por Maturidade Acadêmica.
Foi com palavras de orgulho e admiração oferecidas a seus colegas acadêmicos que o diretor Roberto Deganutti, da FAAC (UNESP), realizou seu discurso após a entrega formal do prêmio Luiz Beltrão de Ciências da Comunicação, que aconteceu no Personal Royal Hotel, em Caxias do Sul, sede do Intercom 2010.
O prêmio foi criado em 1997 com o intuito de reconhecer a qualidade do trabalho acadêmico realizado nas universidades e centros de pesquisa, além dos grupos ou instituições que contribuem para a área de comunicação. Ele também homenageia o jornalista e professor pernambucano pioneiro em pesquisas científicas sobre os fenômenos comunicacionais da universidade brasileira: Luiz Beltrão.
A Universidade Estadual Paulista recebeu através do Departamento de Comunicação Social o prêmio na categoria Grupo Inovador. Ela é destinada a núcleos de pesquisa que venham se destacando pela capacidade de inovar nos planos teórico, metodológico, tecnológico ou pragmático, construindo idéias, gerando produtos ou modelos comunicacionais e outros vínculos informacionais.
Deganutti comemora o prêmio Luiz Beltrão
Segundo Rosa Maria Dalla Costa, diretora cultural do Intercom, a importância do prêmio está ligada à renovação do meio acadêmico de comunicação, já que “a cada ano são identificadas novas equipes de pesquisa na área”.
As indicações são feitas no período de março a maio de cada ano e julgadas por personalidades importantes da área de pesquisa e por ex-presidentes do Intercom. Além da UNESP, outros premiados foram a Fundação Joaquim Nabuco, por Instituição Paradigmática; o professor Rogério Cristofoleti, da UFSC, por Liderança Emergente; e a professora Lúcia Santa Ella, da PUC-SP, por Maturidade Acadêmica.
Coutinho vira tema no GP de Cinema
por
Jornal Júnior
Marcadores:
caxias do sul,
intercom 2010,
jornal jr,
jornalismo cultural,
unesp bauru
Comentários: (0)
por Ana Navarrete
Quem resolveu enfrentar os ventos gelados do último dia do congresso conferiu, a partir das 14 horas, um grupo de pesquisa cinematográfica cheio de questões filosóficas. A mistura surgiu com a mesa "O cinema de Eduardo Coutinho", que contava com a presença da coordenadora Leila Beatriz Ribeiro (Unirio), da estudante Bianca Elisa da Costa (Unisinos), do documentarista Felipe Maciel Xavier (UFRGS) e do professor Alfredo Dias d´Almeida (Universidade Metodista de São Paulo).
Bianca abordou temas de "Cabra Marcado para Morrer" (1984) e, de acordo com ela, "a temática de cada filme revela que a memória é quem conduz as histórias, e que elas são endereçadas ao público para manter viva a luta dos trabalhadores camponeses”.
Já Felipe e Alfredo buscaram em "Jogo de Cena" (2007) a sua inspiração. "Parece-me que o que Eduardo Coutinho quer designar em seus filmes é o acontecimento. O principal das obras dele são as histórias, e essas são construídas através do instante", argumenta Xavier.
"O que importa é a forma como as coisas são contadas para gerar o clima de dúvida. O filme mescla os depoimentos verdadeiros com os atuados. O espectador se sente instigado a saber se quem fala é ator ou não", afirma o professor Alfredo Dias.
Felipe disse ainda que o documentário de Coutinho não busca a verdade, mas sim a ambigüidade – e isso vai contra as expectativas do público. Quando questionados se o filme "Jogo de Cena" pode ser considerado um documentário, visto que possui atrizes interpretando alguns depoimentos, o grupo se manteve unido: "É tudo cinema", finalizam.
Bianca, Felipe e Alfredo discutem o estilo de Coutinho
Quem resolveu enfrentar os ventos gelados do último dia do congresso conferiu, a partir das 14 horas, um grupo de pesquisa cinematográfica cheio de questões filosóficas. A mistura surgiu com a mesa "O cinema de Eduardo Coutinho", que contava com a presença da coordenadora Leila Beatriz Ribeiro (Unirio), da estudante Bianca Elisa da Costa (Unisinos), do documentarista Felipe Maciel Xavier (UFRGS) e do professor Alfredo Dias d´Almeida (Universidade Metodista de São Paulo).
Bianca abordou temas de "Cabra Marcado para Morrer" (1984) e, de acordo com ela, "a temática de cada filme revela que a memória é quem conduz as histórias, e que elas são endereçadas ao público para manter viva a luta dos trabalhadores camponeses”.
Já Felipe e Alfredo buscaram em "Jogo de Cena" (2007) a sua inspiração. "Parece-me que o que Eduardo Coutinho quer designar em seus filmes é o acontecimento. O principal das obras dele são as histórias, e essas são construídas através do instante", argumenta Xavier.
"O que importa é a forma como as coisas são contadas para gerar o clima de dúvida. O filme mescla os depoimentos verdadeiros com os atuados. O espectador se sente instigado a saber se quem fala é ator ou não", afirma o professor Alfredo Dias.
Felipe disse ainda que o documentário de Coutinho não busca a verdade, mas sim a ambigüidade – e isso vai contra as expectativas do público. Quando questionados se o filme "Jogo de Cena" pode ser considerado um documentário, visto que possui atrizes interpretando alguns depoimentos, o grupo se manteve unido: "É tudo cinema", finalizam.
Mesa-redonda avalia a preparação dos jornalistas em noticiar instantaneamente
por
Jornal Júnior
Comentários: (0)
Por Regiane Folter
Não seria muito mais interessante receber a informação no momento em que ela acontece? A mesa-redonda “Você está preparado para trabalhar em uma redação que opera em tempo real?” discutiu se os jornalistas acostumados à rotina dos noticiários impressos diários estão aptos a trabalhar em tempo real.
Para o professor Marcos Santuario, a web invadiu a redação e as editorias de forma positiva. “O online veio para modernizar, senão o impresso ia morrer ”, disse o professor. Além disso, o advento da web permitiu uma maior liberdade para o público. “O usuário é quem manda. Antigamente, o usuário era passivo para comprar o jornal, para assistir tv. Hoje, não. Se ele quiser ver um vídeo, não depende mais da programação da tv, ele procura onde ele quiser.”, afirmou Antonio Prada, jornalista e curador do MediaOn.
Os convidados da mesa salientaram a importância em unir o jornal clássico com todas as possibilidades oferecidas pela web, sem tentar modificar totalmente o tradicional. Para o jornalista, Bob Fernandes,do Portal Terra, nenhuma mídia existe para substituir a outra. “Quando fazemos reunião de pauta, estão todos os editores e inclusive o “cara” da versão online. E as matérias que nós pautamos para o dia seguinte, ele já colocou no site.”, explicou Santuario
Alguns toques, porém, continuam os mesmos para todas as mídias. Checagem de fontes, criatiChecagem de fontes, criatividade sem perder o caráter informativo, texto que atraia o leitor, entre outros, permanecem válidos. “Sempre será necessário que o jornalista organize essa massa de informações.”, disse Prada, citando o jornalista Michael Rogers, do The New York Times.
![]() |
O jornalismo em tempo real surgiu para atender o internauta “always on”, sempre conectado |
Você no Intercom
por
Jornal Júnior
Comentários: (0)
Durante a cobertura do Intercom Caxias do Sul, a Jornal Júnior criou um quadro "Você no Intercom".
O quadro consiste em demonstrar através de vídeo, foto e depoimentos o perfil dos estudantes de comunicação que participaram do congresso e algumas curiosidades do público que circulou pela UCS nos quadro dias de evento. Assista os vídeos depoimentos do pessoal!
Em breve mais vídeos e podcasts de tudo que aconteceu no intercom.
O quadro consiste em demonstrar através de vídeo, foto e depoimentos o perfil dos estudantes de comunicação que participaram do congresso e algumas curiosidades do público que circulou pela UCS nos quadro dias de evento. Assista os vídeos depoimentos do pessoal!
Em breve mais vídeos e podcasts de tudo que aconteceu no intercom.
GP traz campanhas eleitorais 2010 como um dos temas
por
Jornal Júnior
Comentários: (0)
Por Luana Rodriguez Alves
![]() |
O grupo de estudos “Propaganda política, democracia, mídia e voto” apresentou no sábado, 4 de setembro, artigos relacionados à política brasileira. Com uma linguagem acessível e coordenado pela Prof. Dulce Adorno Silva, as palestras mostraram a importância da imagem do candidato frente à população e a preocupação com a juventude despolitizada.
Sérgio Roberto Trein, professor e congressista do GP, começou a exposição do tema falando da necessidade da sustentação e da criação de uma imagem positiva de um político. Para explicitar sua tese o expositor citou como exemplo o atual presidente, dizendo que foi preciso que Lula entendesse que a política é um processo de comunicação, para que pudesse ser eleito.
“Lula deixou o discurso agressivo e autoritário e investiu na construção de uma imagem pessoal. O mesmo acontece hoje com a candidata Dilma Rousseff, que deixou a imagem de mulher bastante autoritária para assumir a caricatura de uma mulher mais feminina, suave e interativa com o povo”, explicou o palestrante ao se referir a mudança de comportamento de Dilma frente às câmeras. “Lula criou a Dilma à sua imagem e semelhança”, acrescentou.
Para Sérgio Roberto, a maioria da população tem a imagem do candidato como única referência, e até a doença da ministra serve como um aspecto positivo na questão eleitoral, pois transforma a candidata em uma pessoa mais humana.
Outro tema lembrado pelos palestrantes foi a aparente despolitização dos jovens. Segundo dados divulgados pelo governo, o número de jovens entre 16 e 18 que votaram na última eleição diminuiu.
Roberto Gonado Macedo, palestrante do GP, discorreu sobre o assunto: “As gerações mais novas não foram para as ruas reclamar seus direitos. A necessidade e a vontade faz você se importar mais”.
Ouça a Jornal Jr na Rádio Intercom 2010
por
Jornal Júnior
Comentários: (0)
A nossa participação está no minuto 132. Ouça!
"Cala Boca Galvão" é destaque do GP de conteúdos digitais
por
Jornal Júnior
Marcadores:
caxias do sul,
intercom 2010,
jornal jr,
unesp bauru
Comentários: (0)
Por Janaína Ferraz e Jéssica Mobílio
Estudiosos da Comunicação assistem a palestra sobre as mídias digitais
A segunda sessão de Conteúdos Digitais do Intercom 2010 aconteceu neste sábado, 4 de setembro. Os grupos de pesquisa dialogaram sobre a inclusão da Internet como fonte de informação e seu alcance global. Ainda na apresentação, os congressistas aproveitaram para analisar novas mídias digitais e suas interações com o público alvo.
A palestra de maior destaque foi a que tratou do tema “O HOAX e os desafios jornalísticos no trato da informação”. A palavra HOAX possui vários significados no mundo digital, como, por exemplo, spam; vírus sociais; boatos; lendas; entre outros.
Nesta sessão, a doutoranda Luciana Reitenbach Viana, utilizou-se do termo HOAX no sentido da forma de humor oriundo da internet. Através da expressão popular ocorrida no Twitter durante a Copa do Mundo, conhecida como “Cala Boca Galvão”, a palestrante elabora sua tese a respeito da prática do jornalismo online e o perfil do profissional.
Depois de diversos enganos sucedidos em grandes meios de comunicação online e até offline, ela argumenta como a internet está sendo usada como ferramenta para a produção do jornalismo digital, pois a profissionalização de qualidade dos meios digitais evidencia o processo no resultado do jornalismo e torna-se uma forma de chegar a uma fidelidade ao conteúdo da rede. “O Cala boca Galvão foi uma piada que ganhou credibilidade porque os conteúdos postados tinham um cunho muito profissional”, diz a doutoranda.
Entre outros temas selecionados na sessão deste sábado, o podcast foi considerado como um dos veículos revolucionários das mídias digitais. Ainda pouco utilizado no Brasil, cresce gradativamente e distribui conteúdo de áudio e vídeos para dispositivos móveis.O congressista Pablo de Assis comentou a difusão dessa mídia pelo mundo e ressaltou a utilidade do produto no país. Um dos exemplos citados foi o podcast Moodle. Este sistema é destinado à criação de atividades educacionais on-line estimulando a aprendizagem. “O podcast mais comum no Brasil é de humor, como o Pânico, por exemplo... A possibilidade de ouvir e rever um programa são os diferenciais desses arquivos”, afirma o palestrante.
http://www.youtube.com/watch?v=6KXZLUrcJw8
Bob Fernandes mostra como ser repórter
por
Jornal Júnior
Marcadores:
caxias do sul,
intercom 2010,
jornal jr,
jornalismo esportivo,
unesp bauru
Comentários: (0)
Por Renan Simão
Foto: Claudia Velho
Bob Fernandes conta os bastidores da Copa de 2010 em exposição de case
O que era para ser uma exposição de case sobre a cobertura da Copa do Mundo se tornou uma prosa entre cerca de 20 estudantes e o jornalista Bob Fernandes. Bob, veterano de profissão com mais de trinta anos de atividade, se apresentou no terceiro dia de Intercom para falar da cobertura do site Terra na Copa do Mundo de 2010 e sua participação no evento. Ele ainda revelou segredos de bastidores que só um repórter calejado pode conseguir.
Para quem não sabe, o Terra fez uma cobertura de sucesso. Levou 13 credenciais para a África do Sul e, durante a Copa, registrou trinta milhões de visitas e 11 milhões de acessos. Bob sabe de melhor do que ninguém conseguir informações preciosas, dignas de um trabalho de repórter. Bob, por exemplo, foi o primeiro saber , logo depois do fim da Copa, dos episódios em que a assessora do lateral Michel Bastos revela insatisfação com a equipe. Veja: http://blogdobobfernandes.blog.terra.com.br/2010/06/27/assessora-revela-insatisfacao-de-michel-bastos/
O profissional, que já cobriu campanhas presidenciais (a de 2010 é uma delas) e emplacou diversos artigos em revistas como Veja e Isto É diz que agora apenas faz trabalhos pontuais no espaço no Terra, o Terra Magazine. “Sou fanático por esporte, mas não sou um daqueles caras da ESPN que sabem tudo daquele campeonato do Turcomenistão. Especificidade excessiva é prejudicial e chata”, aponta.
Bob conta que, a seu ver, a mídia não fez uma boa abordagem na Copa devido à má qualificação de profissionais. “Falta determinação para aprofundar um tema que estava em aberto e foi esquecido”. Determinação é uma das qualidades, afirma ele, que os jovens repórteres têm de exercer em sua carreira.
Correndo atrás da web
por
Jornal Júnior
Marcadores:
caxias do sul,
intercom 2010,
jornal jr,
jornalismo digital,
unesp bauru
Comentários: (0)
Por Regiane Folter
As novas mídias também são discutidas no Intercom 2010
O advento da internet assustou as formas tradicionais de mídia, que foram obrigadas a criar estratégias de adaptação para acompanhar o crescimento da web. No Grupo de Pesquisa “Conteúdo digital: televisão e Youtube”, vários trabalhos foram apresentados para discussão do tema, principalmente em relação à televisão.
Segundo o doutorando Kamil Giglio, da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), a web criou novas formas de propagação de som e imagem, através de sites como o Youtube, no qual 2 bilhões de vídeos são acessados todos os dias. Para Kamil, a combinação da proliferação de câmeras com o crescimento do acesso à rede mostra a facilidade de se gravar um vídeo e colocá-lo na web, e isso torna qualquer pessoa um cineasta em potencial. “Se você pegar uma filmadora e um programa de edição, você consegue fazer [um vídeo].”, complementou Maurício Falchetti, da UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso).
Segundo a congressista Maria Letícia Renault, da UnB (Universidade de Brasília), mais de 50% da população brasileira tem contato com o computador. Isso é uma amostra da importância que a internet adquiriu, ao mesmo tempo em que cresceu a necessidade de se criar novos enquadramentos para atrair o olhar do telespectador. “Quando o telejornalismo cai na web, ele se dilui. O âncora, o espaço, tudo perde a nobreza.”, comentou Renault.
A webtv possui atributos que a TV tradicional não tem, como o imediatismo, a interatividade e a auto-exposição. Alguns programas, como o “15 minutos”, da MTV e o “Profissão Repórter”, da Globo, são tentativas de se incorporar os benefícios da web para a televisão.
Boletim Olhar Especial Intercom 2010 - 1a. edição
por
Jornal Júnior
Marcadores:
boletim olhar,
intercom 2010,
jornal jr
Comentários: (0)
Jornalismo pode aproveitar recursos estéticos
por
Jornal Júnior
Marcadores:
caxias do sul,
intercom 2010,
jornal jr,
telejornalismo,
unesp bauru
Comentários: (0)
Por Jaderson de Souza
O papel da televisão no campo do jornalismo e da ficção foi abordado durante o Intercom, evento que está sendo realizado em Caxias do Sul (RS). Dentre os presentes estavam Gilberto Perin, diretor da RBS e o jornalista da TV Globo Marcelo Canellas.
A RBS, afiliada de Rede Globo em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, possui um projeto em que veicula produções independentes de dramaturgia. Em geral, elas devem ter algum aspecto regional. De acordo com Perin, o projeto “valoriza o talento local e estimula o crescimento do mercado da região de abrangência da emissora”.
O jornalista Marcelo Canellas começou a apresentação defendendo que a função do jornalista é retratar a realidade da sociedade e não ter a arrogância de resolver os problemas dela. “Divergências são normais no jornalismo. Algumas reportagens que fiz receberam muitas negativas até que se realizassem. Talvez eu tenha angariado mais e melhores argumentos. Mas, em geral, eu nunca deixei de acreditar nelas”, afirmou o jornalista.
Em outro momento, Canellas disse que não consegue entender a polêmica entre a teoria e a prática no jornalismo em uma alusão à separação entre a formação universitária e o mercado de trabalho.
A liberdade de criação também foi levantada como um fator preponderante para o bom jornalismo. Segundo ele, o fato do profissional não concordar com algumas diretrizes da direção não deve ser considerado negativo. Isso seria até saudável para o exercício da profissão.
Durante a exposição de algumas de suas matérias, ele salientou que a televisão deve aproveitar dos vários recursos que possui como a imagem e o áudio para construir um bom texto jornalístico.
Marcelo Canellas é um dos jornalistas mais premiados da televisão brasileira. Foi autor de reportagens especiais sobre temas como a fome e a questão agrária.
O papel da televisão no campo do jornalismo e da ficção foi abordado durante o Intercom, evento que está sendo realizado em Caxias do Sul (RS). Dentre os presentes estavam Gilberto Perin, diretor da RBS e o jornalista da TV Globo Marcelo Canellas.
A RBS, afiliada de Rede Globo em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, possui um projeto em que veicula produções independentes de dramaturgia. Em geral, elas devem ter algum aspecto regional. De acordo com Perin, o projeto “valoriza o talento local e estimula o crescimento do mercado da região de abrangência da emissora”.
O jornalista Marcelo Canellas começou a apresentação defendendo que a função do jornalista é retratar a realidade da sociedade e não ter a arrogância de resolver os problemas dela. “Divergências são normais no jornalismo. Algumas reportagens que fiz receberam muitas negativas até que se realizassem. Talvez eu tenha angariado mais e melhores argumentos. Mas, em geral, eu nunca deixei de acreditar nelas”, afirmou o jornalista.
Em outro momento, Canellas disse que não consegue entender a polêmica entre a teoria e a prática no jornalismo em uma alusão à separação entre a formação universitária e o mercado de trabalho.
A liberdade de criação também foi levantada como um fator preponderante para o bom jornalismo. Segundo ele, o fato do profissional não concordar com algumas diretrizes da direção não deve ser considerado negativo. Isso seria até saudável para o exercício da profissão.
Durante a exposição de algumas de suas matérias, ele salientou que a televisão deve aproveitar dos vários recursos que possui como a imagem e o áudio para construir um bom texto jornalístico.
Marcelo Canellas é um dos jornalistas mais premiados da televisão brasileira. Foi autor de reportagens especiais sobre temas como a fome e a questão agrária.
GP discute Jornalismo e Identidade
por
Jornal Júnior
5 de setembro de 2010
Marcadores:
dicas de jornalismo,
GP,
unesp bauru
Comentários: (0)
Por Laís Restivo Semis
“As revistas e as mulheres se tornam amigas, confidentes. As mulheres conseguem se comunicar e se identificar com ela. A revista passa a assumir o papel da amiga ou da irmã”, disse Mayara Maia, mestranda pela Faculdade Cásper Líbero, sobre a relação das leitoras com a Revista Nova Cosmopolitan, seu objeto de pesquisa apresentado no Intercom.
Segundo Mayara, a identificação com a revista ocorre não pela veiculação da mulher brasileira “comum”, mas ocorre de duas maneiras diferentes: pelo imaginário e nas matérias de comportamento. Nas matérias se fala sobre os problemas das mulheres, que se apresentam como namoradas, amigas e mães. Já as capas mexem com o a identificação pelo imaginário, ou seja, pelo desejo de ser mais do que uma mulher comum, já que apresentam celebridades.
No Grupo de Pesquisa (GP) de Jornalismo Impresso do último domingo, o tema de discussões focava o jornalismo realizado pelas revistas e suas múltiplas abordagens, tanto realizado por revistas com diferentes linhas editoriais, como por determinados seções do jornalismo.
A aluna da Unesp, Luana Nascimento de Almeida, trabalhou em cima da discussão sobre como o uso do termo “jornalismo comunitário” influencia na construção da identidade dos jovens da periferia e como ele é freqüentemente utilizado de maneira equivocada com o mesmo significado de “mídia local”, com fins mercadológicos. Luana deixou claro que, na verdade, o Jornalismo Comunitário tem como objetivo divulgar assuntos específicos de determinados segmentos populacionais. A meta deste tipo de jornalismo é promover o desenvolvimento comunitário; diferentemente do local, que tem como função noticiar acontecimentos da localidade.
“As revistas e as mulheres se tornam amigas, confidentes. As mulheres conseguem se comunicar e se identificar com ela. A revista passa a assumir o papel da amiga ou da irmã”, disse Mayara Maia, mestranda pela Faculdade Cásper Líbero, sobre a relação das leitoras com a Revista Nova Cosmopolitan, seu objeto de pesquisa apresentado no Intercom.
Segundo Mayara, a identificação com a revista ocorre não pela veiculação da mulher brasileira “comum”, mas ocorre de duas maneiras diferentes: pelo imaginário e nas matérias de comportamento. Nas matérias se fala sobre os problemas das mulheres, que se apresentam como namoradas, amigas e mães. Já as capas mexem com o a identificação pelo imaginário, ou seja, pelo desejo de ser mais do que uma mulher comum, já que apresentam celebridades.
No Grupo de Pesquisa (GP) de Jornalismo Impresso do último domingo, o tema de discussões focava o jornalismo realizado pelas revistas e suas múltiplas abordagens, tanto realizado por revistas com diferentes linhas editoriais, como por determinados seções do jornalismo.
A aluna da Unesp, Luana Nascimento de Almeida, trabalhou em cima da discussão sobre como o uso do termo “jornalismo comunitário” influencia na construção da identidade dos jovens da periferia e como ele é freqüentemente utilizado de maneira equivocada com o mesmo significado de “mídia local”, com fins mercadológicos. Luana deixou claro que, na verdade, o Jornalismo Comunitário tem como objetivo divulgar assuntos específicos de determinados segmentos populacionais. A meta deste tipo de jornalismo é promover o desenvolvimento comunitário; diferentemente do local, que tem como função noticiar acontecimentos da localidade.
GP discute os mecanismos entre o jornalismo e a construção de identidade |
Os efeitos visuais da telona são destaque em Grupo de Pesquisa
por
Jornal Júnior
Marcadores:
audiovisual,
caxias do sul,
intercom 2010,
jornal jr,
unesp bauru
Comentários: (0)
Por Jéssica Mobílio
Termina o GP de Cinema
Aconteceu neste domingo, 05 de setembro, a última sessão de Comunicação Audiovisual, cujo tema foi “artigos de Cinema”. Esse último encontro abordou os efeitos visuais voltados para a cinematografia. Os congressistas dialogaram sobre imagem e movimento dentro da tela.
Contemplando aspectos relacionados à produção, distribuição, exibição, tecnologias, interação com demais mídias audiovisuais, preservação, entre outros, procurou-se compreender os efeitos do cinema no espectador e na mídia.
Os participantes da primeira rodada de projetos demonstraram suas impressões do Primeiro Cinema, do século 20. A pesquisa do professor, Roberto Tietzmann, da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio Grande do Sul, discutiu a propaganda inserida como efeito visual nas telonas. Ainda nesse projeto, o palestrante usou exemplos de filmes, como King Kong (1933 e 2005) para falar sobre a imagem planejada. “A descrição contextualizada e o segundo plano de uma cena trazem muitas referências, além de uma reflexão do próprio diretor”, disse Roberto.
Outras vertentes foram exploradas no decorrer da tarde, como a fusão de imagem e movimento. Abriu-se espaço para discussão e crítica da evolução do Cinema novo e sequência de fotogramas – determinada frequência de imagens por segundo que consegue gerar a sensação de movimento no espectador. “Há ligação direta entre os primeiros filmes e a mobilidade, principalmente pela situação histórica da época”, comentou Marcelo Carvalho da Silva (ECO-UFRJ), Universidade Federal do Rio de Janeiro.
A força das falsas imagens finalizou a primeira parte do grupo de estudos (GP). Michael Abrantes Kerr, Universidade de Pelotas (UCPEL), citou vídeos da internet, “Uma imagem do passado arquivada pode ser utilizada no presente e criar uma situação falsa”. Exemplo dado na sessão, Atividade Paranormal, filme que recria uma situação baseada em fatos planejados que proporcionam uma atmosfera de veracidade.
Na segunda metade dos GP, uma breve reflexão sobre curta metragem e book trailer chamou a atenção do público. Luiza Lusvarghi, Universidade Nove de Julho (UNINOVE) SP, trouxe o livro de Guillermo Del Toro e sua divulgação, através de vídeo. A palestrante deu destaque para o crescimento desse tipo de propaganda. “Veja o livro e leia o filme”, terminou Luiza.
Você no Intercom
por
Jornal Júnior
Marcadores:
caxias do sul,
intercom 2010,
jornal jr,
unesp bauru
Comentários: (0)
Por Laura Luz
Sobre a cidade, Nair diz estar adorando Caxias, suas belezas e receptividade.
A cearense Natália é graduada pela Unifor (Universidade de Fortaleza) e apresenta nesse Intercom o Grupo de Estudos de Pesquisa das relações da Infância, Adolescência e Mídia, o GRIM.
“Eu queria estar mais abrigada, sinto muito frio! Matuto do Ceará é assim mesmo.”, brinca Natália e também confessa estar cansada das comidas pesadas do Sul, mesmo assim diz estar adorando Caxias e as pessoas daqui, que ela conta serem muito simpáticas.
Nesse domingo, 4 de setembro, o quarto e mais frio dia do evento, os congressistas do Intercom não desanimaram e prestigiaram vários trabalhos, oficinas e grupos de pesquisa. Pessoas de todas as regiões do Brasil se encontraram e por meio de suas pesquisas trocaram as atuais impressões sobre os estudos de comunicação na atualidade. Professores, alunos e membros da organização do congresso contaram suas impressões sobre o Intercom 2010 e sobre Caxias do Sul.
Lucas Guerra, estudante de jornalismo da UFV (Universidade Federal de Viçosa), desceu quatro estados até Caxias do Sul para apresentar o jornal laboratório Outro Olhar, produzido por ele e seus colegas. Trabalho esse que, inclusive, está concorrendo a Intercom Nacional.
Lucas afirma, com um sorriso no rosto, que o Congresso está muito organizado e muito bom de uma forma geral. Formada há apenas uma semana em Publicidade e Propaganda pela ESPM (Escola Superior de Propaganda Marketing), Letícia Bittencourt, de Porto Alegre, apresentou seu projeto e iniciação científica no Intercom Junior. O trabalho é um artigo sobre os aspectos éticos envolvidos na comunicação das classes populares. “Eu estou gostando. O Intercom está bem legal, bem divertido!”, diz Letícia confiante.
Trocando o clima quente pelos ares gelados do Sul, o estudante de jornalismo, da UFC (Universidade Federal do Ceará), Tibério apresenta no Intercom 2010 um trabalho sobre juventude e mídia na categoria Intercom Junior Artigo. Tibério diz em uma quase contradição, que apesar do clima frio conseguiu achar as pessoas de Caxias do Sul muito calorosas.
Em clima de festa a função de Amanda Souza, 24 anos, é comunicar a todos os congressistas que o Intercom 2011 vai ser realizado na cidade acalorada e bem brasileira de Recife, Pernambuco. Formada em turismo, Amanda veio junto da Unicap (Universidade Católica de Pernambuco) divulgar a próxima cidade sede do congresso, distribuindo iguarias da região e folders explicativos. Para quem passa no Stand só fica a ansiedade pelo próximo ano desse grande evento de comunicação.
Veterana em Intercom, a professora da UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) Nair Prada, já participa do Congresso há dez anos consecutivos, sempre no Grupo de Estudos de Rádio e Mídia Sonora. Esse ano Nair apresenta o trabalho Web Rádio e Business e coordena uma Mesa sobre o panorama do rádio brasileiro.
Sobre a cidade, Nair diz estar adorando Caxias, suas belezas e receptividade.
A cearense Natália é graduada pela Unifor (Universidade de Fortaleza) e apresenta nesse Intercom o Grupo de Estudos de Pesquisa das relações da Infância, Adolescência e Mídia, o GRIM.
“Eu queria estar mais abrigada, sinto muito frio! Matuto do Ceará é assim mesmo.”, brinca Natália e também confessa estar cansada das comidas pesadas do Sul, mesmo assim diz estar adorando Caxias e as pessoas daqui, que ela conta serem muito simpáticas.
Grupo de Pesquisa discute a função do jornalista hoje
por
Jornal Júnior
Marcadores:
caxias do sul,
fontes,
intercom 2010,
jornal jr,
unesp bauru
Comentários: (0)
Por Pablo Marques
Professor Aldo Schmitz em sua apresentação
Quem decide o que notícia? Quem deve apurar os fatos? Essas questões foram discutidas em “Cobertura Política e as Fontes do Jornalismo”. A mesa foi composta pelo professor Aldo Anthonio Schmitz da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e Adriana Santana professora da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco).
Aldo fez uma análise de como a maneira de se encontrar uma notícia foi modificada. Tradicionalmente essa era uma função dos próprios jornalistas por meio da agenda setting. Posteriormente iniciou-se outra tendência na qual os fatos determinam uma notícia, método conhecido como “news making”. A forma mais recente de se produzir uma pauta, está relacionada a ação dos assessores de imprensa. Esses são responsáveis por produzirem um reelease já adaptados ao estilo do veículo em que deverá ser publicado. O professor afirma que hoje “O jornalismo não é mais privado aos jornalistas devido as novas mídias e consolidação dos assessores.”
Em uma linha de pesquisa semelhante, Adriana Santana discutiu a forma como a cobertura jornalistica mudou. Em sua tese de mestrado, ela análisou a participação popular na cobertura de um acidente aéreo na periferia de Recife. Nesse ocorrido, o trabalho dos jornalistas só começou depois que testemunhas divulgaram um video amador dos primeiros momentos pós-acidente. Segundo a professora, nessa situação cabe a um profissional da comunicação aproveitar as informações já obtidas com os populares e depois agregar novas informações. “Os amadores conquistaram esse espaço porque os jornalistas estão indo pouco para a rua” afirmou a professora.
Mídia e Esportes no Intercom
por
Jornal Júnior
Marcadores:
caxias do sul,
copa do mundo,
intercom 2010,
jornal jr,
jornalismo esportivo
Comentários: (0)
Por Juliana Santos
Márcio explora a opinião do público no episódio Dunga x Escobar
No Intercom as discussões sobre esportes vão além das mesas-redondas. No quarto dia do congresso, o Grupo de Pesquisas (GP) de Comunicação de Esporte contou com a apresentação de cinco trabalhos acadêmicos sobre o tema.
Partindo da cobertura da Copa do Mundo deste ano, dois trabalhos exploraram a relação da imprensa com o técnico Dunga. Primeiramente, a pesquisa desenvolvida pelo Prof. Dr. Márcio de Oliveira Guerra da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) trouxe uma pesquisa sobre o episódio da discussão entre o Dunga e Alex Escobar, jornalista da Rede Globo.
Com a análise de blogs esportivos, e os comentários de internautas, o professor concluiu que o torcedor percebe quando a imprensa abandona o compromisso com a informação. Por isso é necessário uma reflexão sobre a conduta profissional e os caminhos do jornalismo. “O público está mais ciente de como funciona a profissão”, afirma Márcio.
O estudo da professora Andréia Gorito, da UVA (Universidade Veiga de Almeida) do Rio de Janeiro, abordou a preparação de porta-vozes para entrevistas à imprensa. Analisando os erros de Dunga na Copa, Andréia mostrou como a falta de preparo por parte da assessoria prejudicou a imagem do técnico e da seleção com a imprensa e público. Com a consciência de que era o centro das atenções na cobertura do evento, e que ocupa um cargo que é considerado pelos brasileiros como segundo cargo mais importante do país, o técnico não poderia apresentar um comportamento explosivo e mal-humorado.
A falta de treinamento de Dunga teve muita repercussão, pois tão importante quanto a vitória, seria a trajetória construída na competição pela seleção. Com o exemplo de Maradona, ex-técnico da seleção Argentina, a professora defendeu como a boa imagem do técnico refletiu diferente do desemprenho do time em campo. A professora ainda completou que “a antipatia pelo Dunga, também se deve muito ao fato de não reconhecermos ele como técnico”.
Além desses trabalhos, o grupo de pesquisa contou com a apresentação sobre “Crônica Esportiva e algumas reflexões” do professor da UNESP, José Carlos Marques, o trabalho de Marcel Neves Martins da Unisinos sobre a “Mediatização social em partidas de futebol” e a pesquisa do Prof. Dr. Luciano Maluly, da Universidade de São Paulo (USP) que abordou o jornalismo esportivo e seus desafios e propostas.