Pesquisa sobre beleza e pessoas de baixa renda é discutida no INTERCOM


Os padrões de beleza socialmente impostos sempre foram objetos de trabalhos das mais diversas áreas do conhecimento. A tese de mestrado de Janaína Jordão, intitulado “Marcas e baixa renda combinam? Estudo sobre o consumo da beleza por trabalhadoras domésticas” aborou o tema. O trabalho foi apresentado no Intercom pela publicitária, esclarecendo que o padrão de mulher considerado “ideal” pelas domésticas entrevistadas era a magreza, alta estatura e cabelo loiro.

Com análise das trabalhadoras domésticas de Goiânia e comparação dos discursos da mídia televisiva que elas mais assistiam, a pesquisadora percebeu que a apropriação do discurso midiático sobre beleza era absorvida pelas trabalhadoras, e que esse padrão era ditado na época principalmente pela novela “A favorita”.

Numa era em que há uma grande confusão entre o “ser” e o “ter”, é preciso rever quais são as prioridades para uma boa vivência. Isso sem falar do preconceito que o estabelecimento de um padrão único pode gerar.

A pesquisa aponta que a igualdade não pode ser apenas no discurso, tem que se concretizar na sociedade. A busca por uma beleza ideal parece não ter fim, mesmo que custe mais do que é possível pagar. Como afirma Janaína, “No caso da beleza, elas não vão parar de consumir por causa do preço. Se for caro, elas procuram preços que sejam viáveis às pessoas de baixa renda”.



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