Novos meios necessitam de novo jornalismo


A mesa redonda intitulada “O jornalismo sob o signo da cibercultura: desafios emergentes” propôs uma boa discussão sobre o mundo virtual e seus impactos na sociedade real. A pesquisa sobre o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) realizada em 2008 foi o embasamento inicial dos representantes da Revista Imprensa, Rodrigo Manzano e Igor Ribeiro, que deixaram claro o fim do jornalismo como o conhecemos atualmente.

A migração para o meio digital seria apenas questão de tempo e a discussão em torno do fim dos suportes deveria ser transformada em debates sobre o que será o fazer jornalismo. Para Rodrigo, as pessoas não manterão o hábito do contato maior com veículos impressos, já que com o suporte digital, a pessoa “Lê o que quer, quando quer, no local em que quer, na condição que quer. E isso não é exagero.”

Outro diferencial entre o aporte tecnológico e o tradicional é na questão ambiental, tão visada nos dias de hoje. Os conteúdos virtualizados não tem o fator de desmatamento para a produção de papéis, assim como não tem a poluição causada pelos produtos químicos de algumas empresas. Mas o principal fator é a não monopolização da informação pelo jornalista.

A professora do Centro universitário Feevale, Paula Puhl, ressaltou o perfil jornalístico necessário para o profissional do novo mundo. “Ser um gestor do conhecimento e ter tino empreendedor também são características do novo jornalista. Além da ética, é claro.” Paula também defendeu que a academia, considerada mais conservadora em relação às novidades, está cada vez mais fugindo da velha forma e se reinventando. Principalmente com a presença dos novos professores, que já são do período tecnológico. Mas segundo Rodrigo Manzano, as “universidades ainda andam muito mais lentas do que o mercado de trabalho”.



0 comentários:

Postar um comentário