Futebol, suor e sangue

Professor da UFSCAR discute as causas da violência no futebol

Lucas Loconte e Mariana Torres

A XIII Jornada Multidisciplinar, que ocorreu do dia 10 a 12 de maio no câmpus de Bauru da UNESP, reuniu diversos convidados em mesas redondas e conferências, além da participação de alunos da graduação e da pós e de professores nas apresentações de trabalhos. 
Esse ano, além das novidades na estrutura do evento, o tema inovador despertou a curiosidade dos alunos e de pessoas de fora do campus, e a discussão sobre Futebol, Comunicação e Cultura aconteceu de forma acalorada, abrangendo temas como a importância do futebol na cultura brasileira, a violência nos campos e o destaque dado pela imprensa ao esporte mais amado do país.
Na quarta-feira, dia 11, o antropólogo e professor do departamento de Ciências Sociais da UFSCAR, Luiz Henrique de Toledo, ministrou uma palestra com o tema “Futebol, Violência e Sociedade”.
Em entrevista, o professor disse que a violência das torcidas hoje em dia está muito ligada à tendência do futebol em se transformar num espetáculo veiculado pela mídia e pelos próprios jogadores – estes, cada vez mais tendendo ao exibicionismo e se importando mais com suas imagens do que com o próprio time.
Para Luiz, a falta da dinâmica das peladas de ruas contribuiu para um aumento da violência nos estádios, já que sem o aprendizado tirado dessas atividades – que sempre envolviam amizade e brigas -, o público chega aos jogos sem o preparo para tolerar as provocações do adversário.
“O fim das brincadeiras de rua, associado ao fato de o futebol ser, de certa forma, público, é incoerente, porque uma pessoa que não sabe dialogar com a diferença vai chegar ao estádio sem as armas psicológicas para lidar com isso”, explica Luiz.




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