Cineasta Glauber Rocha é homenageado durante Congresso

“A contradição é o princípio da democracia, há necessidade do diálogo e do antidiálogo, pois da discussão nasce a luz”
Por Regiane Folter

O cinema novo surge como um movimento de vanguarda na década de 50, contemporâneo à movimentos em todo o mundo, como a Nouvelle Vague francesa e o cinema novo alemão. Resultado de uma mistura entre a cinefilia e o engajamento político, essa nova fase do cinema brasileiro faz um reflexão sobre a cultura e o papel da sétima arte na cultura, na sociedade e na política.
                
O cineasta Glauber Rocha foi um dos principais representantes do cinema novo com seus filmes políticos e modernistas e o escolhido como homenageado pelo 3º Congresso Internacional de Jornalismo Cultural.
                
Nos seus filmes, Glauber trabalha com temáticas de enfrentamento e crise, rupturas, o oprimido que busca justiça, jogo de forças. Ele também foi jornalista, e trabalhou em vários veículos, como o Jornal da Bahia, o Diário de Notícias e o Jornal do Brasil. O Glauber cineasta aparece pela primeira vez em 1959, ainda como assistente de produção nas filmagens de Rio Zona Norte, de Nelson Pereira dos Santos. Seu primeiro longa-metragem, Barravento, estreou em 1962. Em 1964 lançou Deus e o Diabo na Terra do Sol e em 1967, Terra em Transe. Em 1969, Glauber estréia O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro, que lhe renderia o Prêmio de melhor direção no Festival de Cannes.
                
Durante o Congresso, o documentário Anabazys foi exibido no primeiro dia do evento e a palestra O cinema político de Glauber Rocha discutiu a obra do cineasta com a participação do crítico Ismail Xavier na sexta-feira, dia 20. Além disso, o CineSESC trouxe a Mostra Glauber Rocha nos dias 19, 20, 21 e 22 de maio, na qual diariamente foram exibidos os principais longas da carreira de Glauber.
              
19/05 – Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964)
20/05 – Terra em Transe (1967)
21/05 – O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (1969)
22/05 – O Leão de Sete Cabeças (1970)


Cena de O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro



0 comentários:

Postar um comentário