O processo de retirada do petróleo é extremamente complexo e, na mesma medida, lucrativo. Devido à importância desse produto à vida de todos, o tema “Prospecção Marítima de Petróleo e implicações na produção do Pré-Sal” chega a Semana de Engenharia 2009 sob a tutela de Celso Morooka, Engenheiro Naval e pesquisador do Departamento de Engenharia do Petróleo da UNICAMP.
Celso explicou os métodos de extração do óleo na terra e no mar. Na terra, são enviados pulsos em direção ao solo, depois é feita a radiografia do terreno e já é possível localizar o ponto de prospecção. O poço é cavado e um jato d'água é enviada para “empurrar” o óleo para a superfície.
No mar, o buraco é, literalmente, mais embaixo. A distância do navio ou plataforma de retirada do petróleo é de cerca de 3 mil metros para o solo abaixo do mar. O sistema submarino é mais complexo pela dificuldade de manutenção dos equipamentos, mas tem a seu favor a mobilidade. A prospecção marítima tem, segundo o professor Morooka, os desafios da logística, a automação, os novos materiais a serem criados e a produção a gás.
“Mesmo antes do pré-sal a demanda de mão-de-obra já existia. Com o pré-sal, a demanda deverá aumentar além do que tinha sido previsto. Principalmente na área da construção dos equipamentos e dos serviços de engenharia.” O pré-sal é o campo mais recente de extração de petróleo, localizado na Bacia de Santos, litoral de São Paulo.
Para mostrar a importância da retirada de petróleo, mais de 1 bilhão de dólares são gastos em apenas uma plataforma. E os custos em apenas um dia de trabalho chegam a 500 mil reais. Mas Morooka anima os estudantes dizendo: “Do óleo bruto retirado, no máximo 40% pode ser transformado em petróleo. Busque mais 2% e você pode parar de trabalhar.”
Texto e foto: Renan Simão/Jornal Júnior
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