Ausência de chefe?

Na segunda palestra de Engenharia de Produção, o psicólogo e sócio-diretor da LCZ Consultoria, Luiz Cortoni, falou sobre um modelo alternativo de organização do trabalho nas fábricas. Pelo chamado GSA (grupos semi-autônomos), a empresa é rearranjada e são intercaladas equipes autônomas nos setores de produção.

Essas equipes devem se auto-organizar e se responsabilizar pelos resultados, manutenção e questões humanas do seu nicho de produção. A grande inovação do GSA é a quebra de hierarquia nas fábricas como modo de evitar o retardamento da produção com questões burocráticas. Isso acontece porque o modelo suprime os cargos de chefia, por isso, os problemas que ocorrem são resolvidos diretamente dentro do local onde ocorrem, agilizando o processo de resolução.

Mas Cortoni advertiu que não é fácil fazer as pessoas acreditarem que o método realmente funciona - "O comportamento dos chefes não muda facilmente" - diz. "Mas o GSA é uma maneira de tornar as estruturas organizacionais mais limpas e com menos níveis administrativos". O modelo GSA é utilizado em empresas como Natura, Avon, Pepsico, Mercedes Benz, Pfizer e outras.

Texto:
Juliana de Mello/ Jornal Junior



1 comentários:

Unknown disse...

A grande dificuldade na implantação esta na criação de um ambiente favorável ao modelo, ou seja, a disposição para a implantação dever ser apoiada pela Diretoria. Utilizo a pratica ha mais de dez anos, devido à escassez de mão de obra especializada, e tenho obtido sucesso. A modelo incentiva o aprendizado, pois os integrantes procuram se especializar para alcançar os resultados. Vale lembrar que um Tutor, Mentor ou Padrinho - como queriam chamar - com profundo conhecimento no processo é de importância fundamental durante a fase de implantação.

Um abraço
Luiz Carlos
lcsantos_2@globo.com

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