A interação da arte visual com a música independente

Casa cheia, pessoas esperando por mais uma atração, um dos festivais mais esperados

Por Jessica Mobílio

Começava a primeira noite do Festival Canja 2011. A apresentação do Macaco Bong no SESC Bauru já aquecia uma das noites mais frias da semana. O Shiva Bar foi palco da apresentação teatral do Grupo Solar e logo depois, o duo Finlândia ocupou a cena. A música instrumental se alinhou com a proposta do discotecário Fernando Fontana, o ambiente contou com o jazz eletrônico e a mescla com funk. As pessoas se soltavam a cada música e acabou se tornando uma interação coletiva.

O Grupo Solar trouxe a canção “Flores Astrais” na voz de Ney Matogrosso. Quando seis pessoas entraram em cena, cantando e dançando “Um grito de estrelas vem do infinito, e um bando de luz repete o grito”. Alguns ficaram hipnotizados pela dança, e outros, como eu, instigados pelo conceito que havia ali. Logo entrevisto um dos integrantes, e curiosa pergunto, mas por que o nome, "As Borboletas são Flores que aprenderam a voar"?

“Estávamos ensaiando, quando uma das participantes viu algumas flores e assimilou com borboletas, e se transformou nessa ideia. O processo de criação vem de dentro, é muito mais que passos de dança”, explica. Afinal, a proposta era transmitir a espiritualidade e quebrar o normal.

Em seguida, a dupla Finlândia mostrou seu som. Mistura de samba, baião, tango e música eletrônica. As pessoas se aproximaram do duo e se envolveram. Rafael Evangelista, o violoncelista, admite: “Gostamos muito da energia desse lugar”. A dupla é composta pelo argentino Maurício Candussi e o brasileiro Rafael Evangelista, que estão em turnê pela América Latina e Europa.



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