A metacompetência como desempenho profissional

Como usar conhecimentos, habilidades e atitudes no mercado de trabalho

Por Laura Luz

Ocorreu nessa quarta-feira, dia 24 de agosto, às 19h o “Minicurso de Metacompetência” ministrado pela psicóloga Mirela Cristina Moraes como parte da programação da Semana de Engenharia 2010.

A metacompetência é a compilação das exigências que são feitas a um profissional no mercado de trabalho, nas quais as limitações tendem a ser superadas para agregar valores à competência técnica. O educador Eugênio Mussak explica que a metacompetência é a união da chamada competência essencial (aquela que se limita à cada função da pessoa) com a competência transversal (aquela que vai além do que se espera do profissional).

Segundo Mirela os novos profissionais devem entender que podem ser diferentes dos outros através das suas qualidades humanas que tendem a potencializar as qualidades teóricas e “isso não é complicado”.

Ela acrescenta que todas essas qualidades que destacam um profissional estão ao nosso alcance, basta saber como utilizar. “É agregar valor a sua competência técnica, tendo várias outras características para potencializar o que você já sabe quando sai da faculdade.”

Dentre essas diversas características que destacam o profissional se destacam o conhecimento, as habilidades, as atitudes, além do talento nas ações e da habilidade de comunicação e de criatividade.

A palestra foi focada nas exigências do mercado de trabalho aos novos profissionais, baseadas no cenário empregatício atual e atraiu alunos de todos os cursos de Engenharia participantes do evento.



Conscientização gera economia e preservação

Ao conscientizar as camadas mais populares, projetos promovem a redução dos gastos de energia elétrica e a preservação do meio ambiente

Por Camila de Oliveira

Se mil famílias reduzirem o gasto de 10kwh por mês, o equivalente a 5 minutos de chuveiro ligado todos os dias, com a energia economizada seria possível abastecer mais 67 famílias. Essa situação foi proposta por João Abeid, que apresentou nessa quarta-feira o projeto da CPFL Rede Comunidade.

A palestra “Projeto IluminAção e CPFL: Conscientização do uso de energia elétrica” apresentou dois projetos, “Rede Comunidade” e “IluminAção”. As duas ações têm um objetivo em comum: conscientizar a população de baixa renda da necessidade do uso racional de energia elétrica a fim de economizar dinheiro e preservar o meio ambiente.

A ação do projeto “IluminAção”, que foi criado em 2005, é voltado para o público infantil e adulto, com diferenças na abordagem. Nas apresentações à população são tratados conceitos básicos de energia elétrica, como geração, transmissão e distribuição, além de aspectos presentes no dia-a-dia da pessoa, como consumo, leitura, selo procel e dicas. Para este ano, o projeto tem como meta a renovação do material didático, a criação de um material multimídia e a busca de novas pesquisas com a lâmpada solar, entre outros.

Ao apresentar o projeto da CPFL, João Abeid lembrou a dificuldade de levar a conscientização às camadas mais populares porque sua preocupação mais emergencial é quanto ao sustento de sua família. Por isso o projeto envolve não só a conscientização das famílias, mas também ações mais concretas, como a substituição de fiação e aparelhos domésticos que “roubam” energia por versões mais eficientes, e o oferecimento de cursos profissionalizantes que atendam ao perfil da comunidade envolvida.

Abeid destacou que as ações do projeto qualificam a população, permitem o ingresso num novo emprego, melhoram suas condições de vida e reduzem os gastos com energia e permitem que essa economia seja gasta para necessidade da família em vez de ser usado para pagar excesso de consumo de energia.



Investir na bolsa não é para poucos

Corretor explica bases do mercado de ações e comenta a proposta de estímulo a esse tipo de investimento

Por Laís Rodrigues

No início da palestra sobre o funcionamento da bolsa de valores, o corretor José Luis apresentou uma mudança: substituiu “desmistificando” por “simplificando” no título escrito na programação. O objetivo era deixar claro que o propósito da palestra era simplificar o assunto para os estudantes presentes.

A meta do investidor da bolsa de valores é ter um ganho maior num espaço de tempo mais curto que o exigido em outros tipos de investimentos, como a poupança e os fundos de renda fixa. José destacou o significado da escolha. “Como se ganha muito rápido, tem-se maior risco”. Em seguida o palestrante explicou o papel do corretor, que tem de planejar as negociações a fim de minimizar os riscos e aumentar o lucro.

José Luis direcionou sua palestra desde os conceitos básicos do assunto até os mais complexos. Mostrou o que é uma ação e os diferentes tipos existentes, por que uma empresa se abre para o mercado, a função das bolsas de valores e até sobre influência nos preços das ações e dos índices da bolsa de valores.
O palestrante aponta que o número de investidores cadastrados na Bovespa corresponde a 5% da população economicamente ativa. “Enquanto nos EUA, 65 % da população investe em ação”, compara.

Luis explica que a cultura econômica dos dois países é distinta, mas também diz que a Bovespa está planejando uma campanha de incentivo ao investimento na bolsa. O projeto é que até 2015, 5 milhões de pessoas estejam cadastradas como investidores.



A tecnologia para salvar vidas


BOSCH explica funcionamento do sistema de segurança que será obrigatório nos veículos: os freios ABS

Laís Rodrigues

Em palestra da Semana da Engenharia 2010 da Unesp de Bauru, os engenheiros eletrônicos da empresa BOSCH Geraldo Gardinalli e Leimar Mafort explicaram em detalhes a importância do sistema de frenagem ABS.

A sigla em inglês, que significa “sistema anti-travamento de freios”, dá nome a um importante aparato de segurança que, a partir de 2014, passará a ser obrigatório no Brasil em todos os veículos que saírem de fábrica.

Para Gardinalli, a importância do sistema está no fato de que “a vida é um bem precioso demais para se perder com fatores evitáveis”. O palestrante disse ainda que é necessário aplicar o conhecimento e a tecnologia para a manutenção desse bem.

Por meio do uso de gráficos comparativos, imagens e vídeos de simulações que tornaram a palestra mais interativa, Gardinalli esclareceu que o equipamento previne o travamento das rodas para auxiliar o motorista a desviar de obstáculos durante frenagens.

Mafort encerrou explicando o funcionamento técnico do sistema. Com tom de conversa e esquemas de fácil entendimento, a palestra agradou à plateia de estudantes de Engenharia Elétrica de diferentes anos.



Os 80 anos da ROMI


Luana Rodriguez Alves
Em palestra para estudantes, engenheiros falam sobre a empresa e sobre os produtos produzidos por ela
A semana de engenharia, realizada pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus de Bauru, contou nesta quarta-feira, 25 de agosto, com a presença de Paulo Eduardo Récchia e Bruno Furlan Fahl,  engenheiros da industria ROMI.
Os profissionais participaram de uma palestra de engenharia mecânica (Tecnologia Romi em máquinas-ferramenta: Centros de Torneamento e Centros de Usinagem – ROMI) cujo objetivo era apresentar a empresa, contar sua história e divulgar os principais produtos produzidos por ela, como Tornos CNC, Centros de torneamento e centros de usinagem.
O palestrante Paulo Récchia comentou que o forte da ROMI ainda é o mercado interno e que a indústria está focada na produção de produtos competitivos. “Nós queremos fabricar uma máquina que seja competitiva que atenda aos usuários brasileiros e aos usuários do mercado externo”, disse ele.
Ao final do evento, Paulo Récchia deixou uma mensagem ao público: “A figura do homem, ou seja, dos engenheiros, é extremamente importante para a sociedade”
A Romi comemora 80 anos e é hoje uma das maiores fabricantes de máquinas-ferramenta do hemisfério sul, com unidades em 60 países.





Wikileaks mostra importância do “jornalismo de dados”


O Wikileaks ganhou, uma vez mais, a atenção das pessoas.
Neste domingo, o site publicou mais de 90 mil documentos secretos sobre as operações militares dos EUA, entre 2004 e 2009, no Afeganistão. Os documentos revelam detalhes nada positivos da atuação do exército americano no país, como mortes de civis não divulgadas.
A publicação dos relatórios mostra que algumas publicações estão tentando atender a uma das habilidades cada vez mais exigidas das equipes de jornalismo – conseguir transformar montanhas de dados em algo legível para os leitores.
NYTimes, Guardian e Der Spiegel receberam com antecedência de quase um mês os relatórios, que estavam em formatos como KML, CSV e SQl. A intenção era que eles tivessem tempo de analisá-los, checá-los e apresentá-los da forma mais atraente e legível aos leitores.
Por coincidência, o Wikileaks enviou as informações para duas das publicações que mais têm efetivamente trabalhado com a questão do jornalismo de dados.
Guardian, mais experiente em lidar com dados, foi o que melhor apresentou e contextualizou o material. Um infográfico interativo foi produzido. Cada relatório foi plotado em um mapa.

 O NYTimes, por sua vez, preferiu montar uma reportagem grande com destaque aos casos mais polêmicos e links diretos para os documentos.



Para entender o Wikileaks, responsável pela divulgação dos documentos, é necessário conhecer um pouco o mantra de que “a informação quer ser livre”. No caso, os fins justificam os meios. O importante é que os documentos fiquem online e acessíveis a qualquer pessoa.
O Wikileaks surgiu em 2006, criado por Julian Assange, importante hacker e ativista da transparência pública na Austrália. Hoje o site é considerado uma organização internacional ligada à liberdade de expressão na web. Conta com uma equipe formada por jornalistas, matemáticos e dissidentes chineses responsáveis por fazer uma checagem inicial das dezenas de documentos sigilosos e denúncias que chegam ao site.
Na prática, funciona como ponte entre denunciantes e o público em geral. A pessoa envia os documentos ao Wikileaks, tem a sua identidade mantida em sigilo e as informações são tornadas públicas.
Concordo com Alexis Madrigal, editor do site da revista Atlantic. Apesar de ter servido de canal para importantes denúncias, como o vídeo da morte dos jornalistas da Reuters no Iraque, ainda é cedo para julgar o Wikileaks. Ninguém sabe com 100% de certeza o que ele é e como realmente funciona. Em princípio, parece que o seu interesse é público e não político em divulgar esse tipo de informação.
No caso dos documentos do Afeganistão, acredito que, no final das contas, o vazamento chamou mais atenção do que o próprio conteúdo dos relatórios.

Neste sentido, é um exagero, claro, acreditar que o Wikileaks substitui o trabalho de algumas publicações. Pelo contrário, ele exalta mais ainda o trabalho delas.
O próprio diretor do Wikileaks já afirmou que seu site sozinho não faz muita coisa. O Wikileaks nasceu no ambiente de informação da internet, onde coexistência é uma palavra importante.
No caso, o Wikileaks divulga apenas as informações brutas. Quem tem paciência ou tempo para analisar mais de 90 mil planilhas? É aí que entra a habilidade dos jornalistas e dos programadores-jornalistas de checar, analisar, questionar, mesclar (mashup) e tornar legíveis esses dados, seja em forma de infográficos, aplicativos ou mesmo uma reportagem em texto.
Acredito que o caso do vazamento dos relatórios do Afeganistão mostra um caminho que será cada vez mais comum. A publicação na web de informações brutas por parte de governos e organizações públicas e privadas. E o trabalho da imprensa em traduzir essa montanha de dados. Contudo, para isso, serão exigidas “novas” habilidades das equipes de jornalismo, como noções de scraping (raspagem de dados), programação e uso de banco de dados.

Fonte: Tiago Dória




De olho no futuro


Palestra da Siemens apresentou projetos de capacitação energética para eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas no Brasil
 Por Nathalia Boni
É só daqui a alguns anos, mas já tem muita gente se preparando para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas, que serão realizadas no Brasil. A empresa Siemens pensa nisto e vem desenvolvendo projetos e equipamentos que auxiliarão desde o transporte até a segurança pública dos eventos. A capacitação energética futura do país foi um dos temas abordados na palestra “Matriz Energética Brasileira - SIEMENS”, que aconteceu na manhã desta quarta-feira, compondo a XV Semana de Engenharia da Unesp de Bauru.
Emilio Sella, João Pereira e Andre Hasseiman, engenheiros da Siemens, apresentaram ao público propostas de investimentos em matrizes energéticas sustentáveis e rentáveis para o Brasil, mostrando ainda os equipamentos exportados para diversos países.
Através de vídeos, os palestrantes exibiram a cadeia energética e o Complexo Industrial da Siemens em Jundiaí, o maior da empresa no mundo. “A geração acaba se concentrando na área de seu mercado consumidor, na região sudeste, através de uma relação custo-benefício”, explicou João Pereira.
Ao final da palestra, os engenheiros responderam a perguntas dos alunos e falaram sobre os programas de estágios e trainees da empresa. Para conferir a programação, acesse: http://www.semeng.feb.unesp.br/ .



Engenharia também pode ser sustentável

Essa semana a Jornal Jr está cobrindo a XV Semana de Engenharia da Unesp, campus Bauru


Giovanni Vieira


Com a intenção de abordar temas atuais tendo a Engenharia como plano de fundo, teve inicio nesta terça-feira, dia 24, às 9 horas da manhã, a 15ª edição da Semana de Engenharia, promovida pela Universidade Estadual Paulista, Unesp, no campus de Bauru.

A cerimônia de abertura contou com a presença do Prof. Dr. Jair Wagner de Souza Manfrinato, diretor da Faculdade de Engenharia de Bauru, a FEB, do Prof. Dr. José Ângelo Canhão, vice-diretor da FEB, e do Prof. Dr. Alceu Ferreira Alves, coordenador da Semana. Em um papo descontraído, eles apresentaram o tema da Semana: “Engenharia E Meio Ambiente - Inovando com Soluções Responsáveis.”

Logo em seguida, a palavra foi passada para o Prof. Jair que conduziu, de forma bem descontraída e interativa, uma palestra com o tema “O papel da Engenharia na sustentabilidade”. Primeiro o professor definiu o conceito de sustentabilidade e reforçou a sua importância nos dias atuais, depois mostrou os objetivos, os obstáculos e as previsões de uma realidade preocupada com o desenvolvimento, mas sem deixar de lado a consciência de estabilidade.

“A noção de sustentabilidade parte do pressuposto que para que uma sociedade progrida e que tenha crescimento econômico estável, é preciso dar atenção a fatores que afetam esta estabilidade no futuro. Os setores econômicos, públicos e políticos devem estar integrados e cabe ao Engenheiro promover essa tarefa. Engenheiro experiente virou diamante”, reforçou o palestrante.

O evento continuou por toda a tarde e noite. Além das palestras, a Semana também conta com minicursos. Para conferir a programação, acesse: http://www.semeng.feb.unesp.br/.






Cuidado, seu texto pode ser etiquetado



Está todo mundo falando dos tais adesivos jornalísticos que o inglês Tom Scott criou. Neles estão avisos de textos sem ética, cópias de releases e fontes não creditadas da wikipédia, por exemplo. Procedimentos que todo jornalista deve excluir de sua rotina.


E fizeram a versão brasileira da brincadeira. Clique na imagem abaixo para ampliar.


É claro que ninguém vai levar isso a sério. Mas a ideia de se lembrar dos erros corriqueiros do jornalismo é válida. Todo o crédito da "abrasileirada" dos rótulos estão no Trabalho Sujo



Semana do Audiovisual Enxame Coletivo

A Jornal Júnior apoia a divulga a iniciativa do projeto Enxame Coletivo.

Enxame Coletivo realizará Semana de Audiovisual em setembro


A Semana do Audiovisual (SEDA) é um projeto nacional que prevê a realização de mostras, oficinas teóricas e práticas, conferências, shows e outras atividades responsáveis por promover a integração do audiovisual, inclusive com outras linguagens artísticas.


#SEDA Bauru
Esse ano a SEDA será realizada pela quinta vez em Cuiabá (MT) e pela primeira vez em mais cinco cidades em todas as macrorregiões brasileiras: São Carlos, SP (outubro), Bauru, SP (setembro) Uberlândia, MG (novembro), Macapá, AP (novembro), Santa Maria, RS (setembro) e Recife, PE (novembro) e Cuiabá (dezembro).

Em Bauru, a Semana acontece de 27 de setembro a 02 de outubro, ocupando espaços da cidade com o objetivo de estimular a cadeia produtiva do audiovisual local.

Conheça o PROJETO na íntegra! Ou inscreva seu filme para as mostras!

*Errata: a data da arte está incorreta, ao invés de 26, o evento começa no dia 27!
 



Passa a ser digitalizado o conteúdo político de jornais



Acervo online de jornais ajudará o leitor na hora de arquivar ou procurar uma matéria

A biblioteca do Senado passa a disponibilizar, à partir desse mês de agosto, um acervo online de todas as matérias e reportagens publicada nos principais jornais do Brasil e que tenham como conteúdo a política nacional. Até agora, existem cerca de 3 milhões de  recortes nesse acervo.

O objetivo do acervo online do Senado é o de democratizar a prestação de serviços e de ser criar um banco de dados mais completo de cada político do nosso cenário. Os recortes não ficam restritos somente a nomes, mas também trazem matérias sobre eleições, partidos políticos, legislação eleitoral, além de outros assuntos do tema. A digitalização dessas matérias estão sendo feitas na íntegra.

Para acessar o acervo online, o internauta deverá visitar o site oficial do Senado e fazer a busca de acordo com o seu interesse, que pode ser filtrado por assunto, data, título ou autor. O trabalho do acervo é feito pela Secretaria Especial de Editoração e Publicações.



A crítica para provocar o leitor na Era do MP3

                               
                                tecnologia.uol.com.br/guia-produtos/audio/ult6183u18.jhtm
Nova lógica de consumo dá maior importância à função do jornalista musical



Por Renan Simão


Já é fato. A Internet mudou o paradigma da compra por som hoje em dia. Agora se consome música eletronicamente e não se paga por ela. O MP3 é o carro-chefe da música e a indústria fonográfica tenta se adaptar à nova lógica de mercado. Todos podem gravar seu som em casa, jogá-lo na rede e torcer para fazer sucesso. Mas muitos desses geralmente ficam escondidos numa produção massiva independente que não tem recursos suficientes para entram na grande mídia e nem sequer competir com ela.


“Há uma barreira econômica entre o mainstream e o independente, pois o mainstream é controlado pelas gravadoras. Existem ótimos projetos independentes, mas que não aparecem porque as gravadoras não apoiam”, aponta Sérgio Martins, crítico de música da revista Veja. Sérgio diz que um caminho explorado são os shows dos artistas, porém as gravadoras tendem a lucrar de 30 a 40% com os rendimentos dos shows.


Uma alternativa apontada por muitos e também pelo músico Lobão, é a volta do disco de vinil. Lobão acredita na maior qualidade de som do novo formato e não aprova a forma “randômica” e supostamente superficial do consumo da música em MP3. Ele referencia-se pelas vendas de vinis na Europa, aonde há um consumo significante do formato.


Crítica
Com a profusão de bandas e sons diferentes que vem da internet, o trabalho do crítico musical se valoriza. Ele se torna mais do que um apontador do que é bom ou ruim, o crítico é um “produtor de conteúdo independente em que as pessoas podem gostar e aprender com aquilo”, esclarece Jotabê Medeiros, crítico de música do jornal O Estado de São Paulo.


A função do crítico é destruir preconceitos relacionados a um objeto musical de estudo, formar um olhar criterioso sobre a obra e estimular o leitor a conhecer este produto seja ele no formato MP3 ou em vinil.


Cada vez mais o crítico musical se torna um provocador, o qual forma opinião de um modo saudável e não ditatorial. Segundo Sérgio Martins, crítico não muda gosto. “Se fosse pela crítica, os Engenheiros do Havaí não estavam tocando nem no boteco da esquina”.


Texto produzido durante palestras do 2º Congresso de Jornalismo Cultural da Revista Cult, em maio de 2010.



Conheça o projeto Repórteres do Futuro

Projeto Repórter do Futuro é um curso de complementação universitária voltado para estudantes de jornalismo que nasceu em 1994, com o nome de Repórter 2000.

A implementação de um curso de capacitação e incentivo aos futuros profissionais está relacionada a uma série de fatores, entre eles a ausência de atividades laboratoriais na maioria das faculdades de jornalismo e o desaparecimento de jornais alternativos (que funcionavam como redações orgânicas), além da falta de intercâmbio entre estudantes e jornalistas experientes.

Nesse contexto, o Projeto Repórter do Futuro tem o objetivo de oferecer alternativas de autodesenvolvimento e incentivo às carreiras dos futuros repórteres. Para Sérgio Gomes, diretor da OBORÉ e um dos coordenadores do projeto, “o Repórter do Futuro é uma resposta ao anseio de muitos alunos e professores empenhados em conquistar um outro padrão de qualidade e competência”.

O curso, mais antiga atividade desenvolvida pelo Núcleo, adota uma metodologia específica, desenvolvida pela Coordenação Pedagógica, que consiste em Conferências de Imprensa seguidas por Entrevistas Coletivas. Os estudantes assistem a uma palestra de aproximadamente 40 minutos e logo após exercitam uma das mais importantes ferramentas do jornalismo – a entrevista, com o desafio de colocar-se frente a frente com o entrevistado.

Eleição direta dos palestrantes - A definição dos nomes dos palestrantes convidados pelo projeto é resultado de uma enquete aplicada junto aos estudantes das principais faculdades de jornalismo da cidade de São Paulo.

Os alunos indicam os três maiores problemas da cidade e os especialistas que mais entendem dessas questões, bem como os jornalistas que mais conhecem os temas nacionais. Os nomes mais citados são convidados a participar dos módulos do Repórter do Futuro.

Ao final dos encontros, os coordenadores do projeto avaliam a prática e a experiência vividas ao longo do dia. Há sempre a proposta de uma produção jornalística (impressa e/ou radiofônica), em que cada participante exercita não apenas técnicas jornalísticas, mas também uma reflexão sobre o tema abordado.Para medir o empenho de cada participante, o projeto adota o critério da Reembolsa
A OBORÉ conta com parceiros que acreditam na importância dessa proposta, que enseja a melhoria da qualidade da formação dos futuros profissionais de comunicação.

Outra marca do projeto é a produção da série Cadernos de Jornalismo, que reúnem a síntese das conferências do módulo.

Mais informações: reporterdofuturo@obore.com e www.obore.com.br



Acompanhe pela internet a Flip

Mesmo se você não foi na Flip, dá para assistir alguns vídeos do evento pela internet

A Festa Literária Internacional de Paraty começou no último dia 4 de agosto e vai até o próximo dia 8. Passarão por evento cerca de 20 mil pessoas por dia. Muitas autores, escritores e cartunistas vão estar presentes em debates e mesas.

E se você não foi para Paraty, você pode acompanhar a Flip 2010. Isso porque o site oficial do evento, o www.flip.org.br, transmite em tempo real as mesas de discussão. É só entrar no site e clicar na janela do lado esquerdo da tela. Você poderá assistir mesas com a presença de pessoas como a do cartunista Robert Crumb.



Bienal Internacional do Livro de SP celebra lusofonia

Maior evento editorial das Américas, a Bienal Internacional do Livro de São Paulo coloca a lusofonia em destaque, na sua 21ª edição, que vai de 12 a 22 de agosto, na capital paulista.

A lusofonia (comunidade dos falantes do português em todo o mundo) é um dos quatro grandes temas da Bienal deste ano, juntamente com a obra dos escritores Clarice Lispector e Monteiro Lobato e o livro digital.

O Espaço Lusofonia reunirá algumas das principais atividades sobre o ensino internacional do português e oferecerá uma sala virtual, onde os visitantes poderão conversar ao vivo com pessoas que falam português em outras partes do mundo (como Estados Unidos, Guiné-Bissau, Peru e Timor-Leste).

Duas mesas de debate apresentam estrelas da literatura lusófona.

A primeira delas traz ao Salão de Ideias da Bienal, dia 19 de agosto, quinta-feira, às 17h, o escritor angolano Ondjaki, autor de romances como o recém-lançado Avô dezanove e o segredo do soviético. Ondjaki debate o novo acordo ortográfico da língua portuguesa com os linguistas Pasquale Cipro Neto e Maria Helena de Moura Neves.

A segunda mesa, dia 21 de agosto, sábado, às 19h, no Salão de Ideias, chamada de “Lusotropicalismo”, reúne os escritores angolano José Eduardo Agualusa e moçambicano Mia Couto.

O livro digital entra na programação oficial mesmo antes do início da Bienal. Nos dias 10 e 11 de agosto, no auditório Elis Regina, no Parque Anhembi, acontece o Fórum Internacional do Livro Digital, com palestras sobre esse novo e promissor mercado.

Da 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo participam 350 expositores da cadeia produtiva do livro, que representam quase mil selos editoriais. Os autores são numerosos e representativos, como Lygia Fagundes Telles, Pedro Bandeira, Moacyr Scliar, Marcelino Freire, Fabrício Carpinejar, Milton Hatoum e Mauricio de Sousa.

Os ingressos custam R$ 10,00 (público em geral) e R$ 5,00 (estudantes). Profissionais do segmento editorial têm entrada gratuita. A abertura ao público acontece apenas no dia 13; no dia anterior, o acesso é exclusivo ao mercado do livro.

A 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo acontece das 10h às 22h, no Pavilhão de Exposições do Anhembi: av. Olavo Fontoura, 1209, Santana, zona norte de São Paulo.

Para mais informações sobre a programação, acesse o site oficial da Bienal: http://www.bienaldolivrosp.com.br/.

Fonte: www.jornalirismo.com.br



Portas de entrada para o mercado de trabalho


Conheça o mercado de trabalho do jornalismo e a importância das empresas juniores

Quem escolhe a profissão de jornalista deve se preparar, ainda na faculdade, para chegar ao mercado de trabalho com um mínimo de experiência. Durante a graduação, os estudantes devem tirar proveito dos laboratórios em diferentes áreas ou ingressar em programas de trainee mantidos pelas empresas de comunicação.
Para complementar o ensino teórico em sala de aula, as escolas de comunicação social de melhor nível desenvolvem, como meio de acesso à prática do jornalismo, a produção de diferentes produtos jornalísticos, entre os quais periódicos feitos pelos próprios alunos e que, em alguns casos, são distribuídos para a comunidade do campus ou para os moradores do bairro em que atua.
Os veículos mais comuns são jornais e revistas, mas há instituições que também produzem sites e programas de rádio e TV. Esses veículos, estruturados como disciplinas obrigatórias do curso de graduação, têm a função de preparar os alunos para o mercado de trabalho, e os estudantes participam de todas as etapas do desenvolvimento: reunião de pauta, reportagem e edição de textos. "Esses laboratórios são a melhor maneira de preparar o aluno para o mercado de trabalho. Por isso é imprescindível que ele participe ativamente", afirma Cristiane Finger, coordenadora do curso de jornalismo da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
Outra modalidade de prática que vem se tornando comum nas escolas de jornalismo são as empresas juniores. Além de preparar o jovem para o dia-a-dia profissional, representam eficiente meio de acesso ao mercado de trabalho. Muitos dos estudantes que passam por essa etapa acabam sendo contratados por empresas para as quais já prestaram algum tipo de serviço enquanto estagiavam nas juniores.
O ingresso em programas de trainee promovidos por veículos de comunicação também se destaca como um caminho para pôr em prática o que se aprende durante o curso, além de facilitar o acesso ao primeiro emprego. Os estágios independentes, divulgados em anúncios nos murais das escolas, também podem ser uma alternativa, desde que não se transformem em subempregos.

Laboratórios e empresas juniores

Criadas na década de 1980 nas escolas de administração e economia, as empresas juniores funcionaram como um laboratório de prática profissional durante os estudos. O modelo de ensino fez tanto sucesso que foi copiado por outros cursos, e hoje há juniores especializadas nas mais variadas áreas: administração, economia, direito, comunicação etc.
O quadro de "funcionários" das empresas juniores é composto exclusivamente por estudantes, que estagiam sob a orientação de professores. O dinheiro arrecadado com os trabalhos realizados é investido em equipamentos e manutenção. Os critérios de seleção dos participantes variam de uma instituição para a outra, mas, em todos os casos, prevêem entrevistas e provas práticas.
A modalidade de núcleo de prática mais comum nas escolas de jornalismo, contudo, são os veículos de comunicação estudantis. Trata-se de jornais, revistas, sites, programas de rádio e TV feitos pelos próprios alunos e distribuídos para a comunidade do campus ou para os moradores dos bairros vizinhos à escola. Os cargos dentro das redações são preenchidos pelos alunos, orientados por professores. As matérias são factuais e podem tratar dos mais variados assuntos.
Algumas escolas possuem núcleos de prática que aproximam o aluno de todos os tipos de veículos de comunicação. Além de um jornal, uma revista, um programa de rádio e um site, os alunos do curso de jornalismo da PUC do Rio Grande do Sul, por exemplo, fazem um programa informativo semanal, o TV Foca, que é transmitido em Porto Alegre pelo canal 15 da Net. "Quando eles vêem o resultado do trabalho que fizeram, há um comprometimento maior de todos", acredita Finger. Os chamados laboratórios de prática complementam o currículo do curso de jornalismo, por isso é obrigatória a participação do aluno em todas as modalidades.

Fonte: O livro "Jornalista", da "Série Profissões", da Publifolha.