O rádio que faz rir

O humorista Felipe Xavier iniciou sua carreira no rádio quando ainda era estudante de arquitetura na USP, com o programa Rádio Alegre.

Esse foi o pontapé inicial para uma carreira promissora no mundo humorístico das rádios brasileiras. Felipe se consagrou com os personagens Dr. Pimpolho, Homem-Cueca, Incrível Rosca, e Super Shana, todos apresentados no quadro Chuchu Beleza, veiculado por várias rádios do Brasil.

No dia 5 de novembro, Felipe Xavier vem à UNESP para participar do III Enco-Rádio. A repórter Letícia Ginak conversou com o humorista sobre o rádio no Brasil e para saber dele quais são as expectativas para o evento.

Você confere abaixo entrevista feita para a Jornal Júnior.


JJ- Como você se interessou por trabalhar no rádio, que é um veículo que apresenta resistência de muitos profissionais - apesar de ser o meio de comunicação mais acessível para toda a população?

FX- Comecei a trabalhar no rádio, na época de faculdade, na Rádio USP. Eu fazia arquitetura na USP e a Rádio USP sempre deu oportunidade para os alunos desenvolverem projetos experimentais. Trabalhei 4 anos na Rádio USP fazendo o nosso programa de humor, sem ganhar um centavo. Depois disso surgiu o convite para trabalhar na 89FM, uma rádio de ponta em São Paulo, e foi aí que o sucesso aconteceu para o nosso grupo, os Sobrinhos do Ataíde.

JJ- De onde vem a inspiração para tantos personagens engraçados que você interpreta no quadro Chuchu Beleza? O Dr. Pimpolho remete à lembrança de algum chefe que você já teve?

FX-
A inspiração vem do cotidiano. De situações comuns do dia-a-dia. Eu já tive vários chefes que serviram de inspiração para compor o personagem Dr. Pimpolho.


JJ- O humor no rádio ainda existe ou há pouco interesse em praticá-lo nos últimos anos no Brasil?

FX-
O humor é uma das principais ferramentas de captação de audiência para uma emissora de rádio. Tocar músicas, todas podem tocar, mas ter um programa de humor original é único, é o que faz a diferença.

JJ- Se você fosse convidado a transportar o Chuchu Beleza para a TV, você aceitaria ou teria medo da fórmula se desgastar?

FX-
Aceitaria sim. Aliás, tenho buscado isso. Espero em breve colocar meu humor na TV.

JJ- Neste ano você abriu uma produtora que vai fazer trabalhos para todas as mídias inclusive a internet. O que você pensa sobre a política de direitos autorais na internet e também sobre o "esquema" de baixar os conteúdos de maneira gratuita?

FX-
Não tenho ainda uma opinião formada a esse respeito. O que sei é que hoje tudo é baixado na internet, quer você queira, quer não. Então, o negócio é adaptar-se a essa nova realidade e tentar tirar proveito disso. Um bom exemplo é a cantora revelação Mallu Magalhães, que disponibilizou suas músicas na internet e assim se lançou. Porém, a mesma Mallu hoje vende Cds nas lojas e sofre com a pirataria. O que dizer sobre isso? Não sei.

JJ- Quais são suas expectativas para o III Enco-Rádio organizado pela UNESP e o que você pensa sobre essas iniciativas de manter o rádio ativo na grade curricular dos alunos de jornalismo da Universidade?

FX-
Acho o rádio fundamental. É a escola da maioria dos grandes profissionais de comunicação do país. Espero na minha palestra, poder contribuir com um pouco mais de informação sobre o rádio, esse veículo que eu acho apaixonante.



0 comentários:

Postar um comentário