Discussão sobre novos modelos de educação

Por Fernanda Lourencini

Às 15h de hoje, Nelson Pretto (FACED/UFBA), Wilken Sanches (ONG Coletivo Digital) e César Minto (USP) encerraram as atividades do LECOTEC 2009. A Mesa por discutiu a necessidade de formulação de novos modelos de educação, em meio à realidade digital em que vivemos, além de criticar os modelos já existentes e expor aos presentes três perspectivas diferentes a respeito do assunto.

Ministrada pela professora doutora Ana Sílvia Melo, a Mesa deu voz, primeiramente, a Wilken Sanches, que apresentou o trabalho que participa. O Coletivo Digital trata de uma ONG com uma nova proposta de inclusão digital. Wilken falou sobre as bases do projeto, que incluem a utilização de um software livre, com o intuito de educar o cidadão e não adestrá-lo em relação à utilização do computador, e a participação popular, além de justificá-las e apresentar seus objetivos centrais.

Entre esses está o desenvolvimento de iniciativas de inclusão digital e o incentivo do uso cidadão da internet. Wilken concluiu sua fala discutindo a necessidade de uma democratização nos meios de produção como um elemento central nos processos educativos, possibilitando ao indivíduo produzir conteúdo e não apenas aprender a utilizar um software.

Contrapondo a exposição de Wilken, César Minto criticou a mercantilização da educação e o uso indiscriminado do Ensino à Distância. Segundo ele, esse tipo de ensino foi criado para suprir a necessidade de lucro das universidades particulares e é falho em vários sentidos.

A crítica, no entanto, não foi feita ao ensino à distância em si, mas ao seu uso, que deve complementar o curso presencial e não atuar na formação inicial de um profissional.

Já Nelson Pretto, analisou as novas tecnologias como uma forma de reformular o ensino nas escolas. Ele enfatizou a cultura do compartilhamento, tendo como ponto fundamental a colaboração, pela qual um novo modelo de educação deve ser criado. Dessa forma, o computador deve ser utilizado como um espaço social e não como um mero auxiliar do processo de aprendizado.

Por fim, Nelson complementou a fala de Wilken ao falar da necessidade do aluno se comportar como autor no processo de ensino e não apenas como um ator. Ele criticou os processos educacionais centrados na idéia de singularidade e de homogeneidade, já que não possibilitam a pluralidade de educações necessárias para o estímulo da criação.



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